40+ e millennials: dois pesos, a mesma medida

A modernização em curso na Caixa Económica Montepio Geral passa também pelas Pessoas, que abriram as portas aos millennials para serem os porta-estandartes de novas maneiras de trabalhar e de fazer as coisas, e até para chegar a novos targets. Tudo sob o olhar atento de quem gere a marca há 20 anos e sabe dar mais ou menos margem de manobra, em função do risco envolvido.

 

Uns são experts em novas tecnologias e no mundo digital, outros conhecem o negócio como ninguém; uns sabem quais as necessidades e as mentalidades dos novos consumidores que importa conquistar, outros dominam os limites de um sector muito regulado; uns dão ideias novas e novas formas de trabalhar, outros são os “fiéis da balança” para garantir que a marca não se atira para fora de pé; uns vão voltando a calçar ténis e acreditam que vão conseguir mudar o “dress code” da banca, outros já se renderam à roupa clássica. Este é o dia-a-dia da Direcção de Marketing Digital, Inovação e da Direcção de Comunicação da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), onde os millennials trabalham lado a lado com colegas de 30 e 40+ anos, e alguns deles com mais de 20 anos a vestir a camisola da instituição bancária. Saber ouvir, ter humildade para aprender e também para ceder, aceitar experimentar ou até voltar a testar são as regras de ouro apontadas por uns e outros para garantir a coesão e fazer uma equipa de elevado potencial e alto desempenho.

No universo da CEMG, este mix de gerações é mais visível na Direcção de Marketing Digital, Inovação e na de Comunicação – dos 48 colaboradores com menos de 29 anos, oito estão nesta unidade – mas, de certa forma, é transversal a toda a organização, que nos últimos dois anos se esforçou para equilibrar a demografia e começar a inovar também no perfil das suas Pessoas (além do recrutamento de millennials, em 2017 lançou o primeiro programa de trainees, tendo admitido cerca de 50 recém-licenciados). E é natural que haja mais “sangue novo” nesta direcção, uma vez que foi criada em 2016 para liderar todo o processo de modernização e transformação digital da instituição bancária.

Gerir quatro gerações que convivem na mesma equipa não é fácil para os dois directores adjuntos, ambos no quadro da CEMG há duas décadas e que no último ano viram chegar esta “onda” de millennials, seduzidos pela ideia de participar e serem uma peça chave neste processo de modernização e os fez pôr de lado a ideia de que a banca é cinzenta e nada sexy. «Comecei a olhar para a banca de maneira diferente, vi abrir novas posições no Digital e no Marketing, vi pessoas de outras áreas serem contratadas e percebi que se o banco chama pessoas novas é porque quer rejuvenescer. Se o banco nunca nos viu e agora olha para nós, é porque temos algo a dizer e a fazer, e isso é mágico», afirma Filipa Abrantes, 27 anos, há um ano a montar de raiz toda a estratégia de social media e relação com novas audiências digitais da CEMG.

 

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