Recomendaria a sua empresa a um conhecido? A maioria não!

O seu cargo actual é aquilo que esperava? São poucos resultados para muito trabalho? Está constantemente a pensar no dia em que deixará a empresa? Estes são sinais que lhe mostram que, muito provavelmente, está na altura de procurar novos desafios. Mas não pense que está sozinho.

 

No país vizinho, apenas 30% dos colaboradores recomendariam a empresa onde trabalham, com base no pacote de benefícios que a organização oferece. Esta a principal conclusão de um inquérito realizado pela Willis Towers Watson, citado pelo “Expansión”.

Para Gema Jimenez, da Willis Towers Watson, esta percentagem é a consequência directa de políticas de benefícios inadequadas às exigências de uma força de trabalho multigeracional: «É impossível satisfazer as necessidades de cada um, mas podemos ouvir e encorajar a comunicação». «Os programas de benefícios têm de estar vivos, num processo contínuo de revisão com base nas opiniões dos funcionários», recomenda.

Carlos Olave, director global de Recursos Humanos da LGElectronics, tem o mesmo entendimento: «A maioria dos trabalhadores não tem consciência dos benefícios que tem. (…) Além disso, é importante traduzir o seu peso» nas contas da empresa.

Já Miriam Martín, directora de Marketing da Sodexo BI, considera que é importante que as empresas «dediquem esforços para informar os seus funcionários sobre os benefícios e serviços disponíveis», sublinhando que que pode ser um factor determinante quando se trata de atrair e reter talentos.

Para 76% das empresas consultadas pela Willis em Espanha, as necessidades dos colaboradores são uma prioridade e 70% indicam que o benchmarking e o acesso à informação estratégica do mercado é uma área chave.

De acordo com a mesma análise, 51% dos inquiridos têm medidas em curso para comunicar a importância dos benefícios aos colaboradores; 85% defendem que melhorar a comunicação dos benefícios aos colaboradores é uma prioridade; e 71% acreditam que é essencial aumentar a utilização de portais online e aplicações móveis para fazê-lo.

As métricas e os dados são um elemento crucial no desenho destes programas, faz notar o director de marketing da Sodexo BI, que dá o exemplo de planos de incentivos: «O programa deve ter métricas claras ou KPIs, que facilitem a monitorização, passem transparência aos colaboradores e, por fim, que meçam o sucesso do plano». «É essencial que os objectivos estejam sempre alinhados com as prioridades da organização. (…) É necessário envolver os recursos humanos e cada uma das áreas de negócios e líderes de equipe», ressalva.

Ler Mais