Randstad: A capacidade de adaptação como condição de sustentabilidade
Numa altura em que se perspectivam mudanças acentuadas no mercado no pós-crise COVID-19, a flexibilidade das empresas é fundamental para garantir a sua sustentabilidade em tempos de incerteza. O sector de Outsourcing, tendo uma capacidade de adaptação acima da média, pode ajudar.
Com um crescimento sustentado nos resultados alcançados, a área de Outsourcing da Randstad Portugal tem vindo a crescer ano após ano.
As empresas têm de se focar no core do seu negócio e garantir os melhores parceiros para suportar a sua actividade. A externalização tem como objectivo melhorar a performance e a qualidade do serviço. Daí a importância de um bom serviço de Outsourcing. No caso Randstad Portugal, a empresa apresenta-se enquanto especialista em soluções de Outsourcing em diferentes áreas de actuação, o que, de facto, permite que as empresas dediquem o seu tempo àquilo que de facto as diferencia no mercado.
Isto mesmo assinalou Pedro Empis, executive business director de Outsourcing da Randstad Portugal, ao afirmar que «o reconhecimento da competência dos parceiros seleccionados permite um produto final de muito maior qualidade e agilidade face ao que aconteceria se a empresa quisesse ser especialista em todas as vertentes necessárias ao seu processo produtivo ou de entrega de serviço». Em entrevista à Human Resources, falou dos desafios do sector, partilhando também como estão a dar resposta à actual situação de crise causada pela pandemia de COVID-19.
Sendo uma opção cada vez mais usada pelas empresas, como tem evoluido o sector do Outsourcing em Portugal?
O sector tem assistido a um crescimento ano após ano, sustentado pelos resultados alcançados e pelo fenómeno do nearshore, que trouxe uma dinâmica ainda mais forte ao mercado.
A que se deve esse crescimento?
Deve-se precisamente ao crescimento mais acentuado na vertente nearshore, com a continuação do reconhecimento de Portugal como hub para centros de competências e serviços partilhados, fruto dos factores já conhecidos, como localização estratégica, fuso horário, infra-estruturas de comunicações, competências linguísticas, qualidade das instituições de ensino superior e cus- tos competitivos.
Por outro lado, a inclusão de tecnologia e respectiva optimização de operações, leva também a que as empresas que procuram estes serviços o estendam a outras áreas de actividade.
Que razões levam uma empresa a contratar serviços de Outsourcing?
O reconhecimento da competência dos parceiros seleccionados, que, trabalhando num ecossistema de parceiros, onde cada parte traz a sua mais-valia, permitem num produto final de muito maior qualidade e agilidade face ao que aconteceria se a empresa quisesse ser especialista em todas as vertentes necessárias ao seu processo produtivo ou de entrega de serviço.
Neste início de década, o que acredita que distingue a Randstad relativamente a outras empresas, neste âmbito de actuação em particular?
A vasta experiência, o reconhecimento de mercado, o nível de serviço assegurado, a dimensão, o acesso a tecnologia e a solidez financeira. A Randstad consolidou-se como prestador incontorná vel em todo o espaço de experiência de cliente, independentemente do canal ou do modelo de serviço, o que permite responder aos requisitos de praticamente todo o mercado, seja doméstico ou internacional.
Quais vão ser as grandes vantagens que esta ferramenta ao serviço das empresas irá assegurar?
O fundamental para o sucesso é o foco no produto e no mercado, a inovação e capacidade de adaptação a novas circunstâncias, como a actual pandemia está a demonstrar. Mais do que nunca, vemos várias empresas a reinventar-se, a alterar produtos, serviços, modelos de entrega ou posicionamento, para que possam sobreviver às rápidas alterações que vivemos, pelo que precisam das suas equipas focadas na sua área de especialização e confiar em parceiros que garantam a fiabilidade e também a excelência na execução dos planos de negócio, assim como da flexibilidade para rapidamente se adaptarem a novas circunstâncias.
Com a situação que estamos hoje a atravessar, qual o papel que poderá o Outsourcing desempenhar?
Este sector tem uma capacidade de adaptação acima da média e, numa altura de rápidas mudanças de mercado, essa flexibilidade é fundamental para garantir sustentabilidade em tempos de incerteza.
O facto de lidarmos com diferentes indústrias permite que se possa trabalhar o redeployment de recursos entre sectores com menos procura e outros que têm picos nessa mesma altura. Por outro lado, a rapidez execução é também importante, sendo que na Randstad mobilizámos cerca de seis mil pessoas para trabalho remoto em 15 dias.
Perante a pandemia o teletrabalho ganhou uma particular relevância. De que forma poderá o Outsourcing evoluir com novas formas de trabalho a ganharem cada vez mais relevância no mercado?
Garantidamente que nada será como antes desta pandemia. Este é, aliás, um dos lados B desta crise, a capacidade de adaptação que as equipas demonstraram foi absolutamente extraordinária
e certamente que no futuro o teletrabalho terá um espaço muito maior do que o que tinha até aqui.
Mas, na verdade, os métodos de trabalho e a essência do que fazemos não se altera, apenas tiramos ainda mais partido da tecnologia que temos vindo a implementar e que assim tornaram possível esta rápida alteração de paradigma.
Numa economia que se perspectiva em crise após o final desta pandemia, quais serão os maiores desafios que se colocam a este sector?
A Randstad tem um histórico daquilo a que chamamos “managing through the cycle”, que é fundamental num período como este para uma empresa deste sector. O maior desafio será agilidade nas medidas de adequação nas operações com menor procura conjuntural, combinado com uma capacidade de decisão e execução em acções mais estruturais. Tudo isto num ambiente que permita garantir o músculo para uma retoma que se espera aconteça rapidamente e que, historicamente, é sempre um período de pico, com vista a recuperar o terreno perdido.
Quais são os objectivos da Randstad para 2020 relativamente a esta área?
Claramente que 2020 será marcado pela actual pandemia, pelo que os nossos objectivos passam por suportar os nossos candidatos, clientes e colaboradores nesta fase tão volátil e complexa. As prioridades são garantir a saúde das nossas pessoas, assegurar a continuidade do negócio e, logicamente, tirar partido das oportunidades que estão a surgir. Sem dúvida que há enormes aprendizagens que queremos solidificar e integrar no futuro que venha a ser o novo normal.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Outsourcing”, publicado na edição de Abril da Human Resources.