Há uma portuguesa que está a ajudar a fundar uma nova startup de produtividade em Berlim

A portuguesa Daniela Miranda está a ajudar a fundar uma nova startup de produtividade em Berlim. A antiga funcionária da fintech alemã N26 é a trabalhadora número 1 da Amie, software para os profissionais trabalharem melhor e que concluiu a sua primeira ronda de investimento, em fase pre-seed, de 1,3 milhões de dólares (1,16 milhões de euros). A notícia foi avançada pelo Dinheiro Vivo.

 

De acordo com a mesma publicação, apesar de o sistema apenas ser lançado para o mercado no início de 2021, a lista de espera já tem milhares de pessoas. Os investidores também não perderam tempo e decidiram, de imediato, injectar capital nesta startup alemã,a ronda pre-seed foi liderada pela sociedade de capital de risco Creandrum, que foi uma das investidoras iniciais do Spotify. Com este dinheiro, será possível contratar programadores para acelerar o desenvolvimento da plataforma.

A Amie está a desenvolver um sistema de produtividade que cruza todos os dispositivos e que permite juntar o calendário e as tarefas do dia num só local. Para simplificar a utilização diária, plataforma «funciona tal e qual como se pensa», de acordo com a apresentação a que o Dinheiro Vivo teve acesso.

Por exemplo, é possível deslocar tarefas ao longo do calendário e também tornar hiperligações e capturas de ecrã em tarefas ou coisas para fazer ao longo do dia. Também vai possível criar eventos e, ao mesmo tempo, convidar pessoas em diferentes fusos horários.

Este sistema de produtividade também quer ser o epicentro diário do trabalho, ao permitir a realização de videochamadas, a tomada de notas e o envio de e-mails.

A Amie foi fundada por Dennis Müller, ex-gestor de produto da N26. Com formação em ciência computacional, o alemão desenvolveu a startup depois de se ter isolado durante vários meses na Cidade do Cabo (África do Sul) e de lá só ter saído quando tinha um protótipo que o deixasse satisfeito.

Daniela Miranda entrou no ecossistema de startups em 2016, ainda em Portugal. «Tive muita sorte de ter estudado Gestão em Lisboa mesmo no boom do empreendedorismo em Lisboa. Sem ter noção de onde me estava a meter, acabei por ter experiências brutais. Conheci todo o tipo de pessoas no ecossistema mesmo sem grande esforço e sem sequer dar muito valor àquilo porque estava a passar.»

Depois de participar na primeira Web Summit em Portugal, a responsável começou a organizar eventos relacionados com o programa de pré-aceleração Upframe, desenvolvido pela Startup Lisboa no início de 2017.

«Isso acabou por me levar à Uniplaces: comecei como embaixadora e acabei por entrar no departamento de marketing na Alemanha» da plataforma de arrendamento de alojamento para estudantes universitários.

O último semestre da licenciatura em Gestão foi passado já em Berlim, com um part-time na Uniplaces em simultâneo. O trabalho a tempo parcial passou a ocupar o tempo inteiro. «Passo a passo, acabei por emigrar para a Alemanha», reconhece a portuguesa.

Em 2018, Daniela Miranda entrou para a fintech N26 e até lá ficou até aos primeiros meses de 2020. Na Amie, Daniela Miranda vai ficar com os pelouros de marketing e de comunicação.

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