Os principais medos dos portugueses em relação ao trabalho. Conheça os números (e como mitigá-los)

Na 20.ª edição da Conferência Human Resources, a Randstad partilhou, em vídeo, a sua visão sobre o papel do medo e da confiança no contexto actual. E revela dados concretos.

 

O vídeo mostra que, de acordo com um questionário realizado pela Randstad em Outubro a 190 pessoas em Portugal, 64% dos colaboradores têm medo de ir trabalhar e 26% dos trabalhadores não se sente seguro no trabalho.

Já 80% dos portugueses considera que a COVID-19 tem um impacto muito negativo na estabilidade profissional, ocupando o primeiro lugar no ranking Randstad Workmonitor, realizado em Junho de 2020, e contrastando com 64% da média global. Por outro lado, apenas 33% dos portugueses conseguiram conciliar família e trabalho na pandemia, sendo Portugal o país com maior dificuldade de conciliação.

O estudo mostra também que 72% dos portugueses acredita que a sua empresa quer que esteja disponível fora de horas e Portugal é o país Europeu que mais sente a exigência da disponibilidade fora de horas.

Metade (51%) dos portugueses espera perder o emprego por causa da pandemia e 59% dos portugueses acredita que o Governo os vai ajudar se perderem o emprego durante a pandemia.

 

Perante este cenário, a Randstad destacou cinco dicas para promover a confiança e assim, ajudar as pessoas a aprender a gerir o medo:

1. Comunicação: Tom de voz humano. Transparência só há uma verdade. Relevância dos conteúdos. Comunicar é também ouvir.

2. Liderança: Ser autêntico. Fazer as perguntas certas. Manter a proximidade. Dar o exemplo.

3. Propósito: Segurança primeiro. Viver os valores. Cumprir as promessas. O lado humano da empresa.

4. Emoção e razão: Apoiar quem fica. Coaching para quem sai. Canais de suporte emocional. Estratégia para a saúde mental.

5. Cultura de mudança: Reconhecer o que ficou no passado. Reduzir as crenças. Destacar mudanças positivas. Criar nova visão conjunta para a mudança

 

Texto: Margarida Lopes

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