Professor português na Columbia University apela à mobilização dos estudantes no combate contra a corrupção
A 9 de Dezembro celebra-se o Dia Internacional contra a Corrupção declarado pela Organização das Nações Unidas. Em conjunto com profissionais e especialistas de várias áreas, o professor na Columbia University Nova Iorque, André Corrêa d’Almeida, apela a uma mobilização dos jovens e estudantes portugueses em torno do tema, com a publicação nas suas redes sociais de curtos vídeos e/ou fotografias e frases alusivas à celebração deste dia especial.
Para se criar um movimento coerente estes materiais devem ser publicados junto com os hashtags #libertemomeupaísdacorrupção #Portugal #ONU #UnitedAgainstCorruption #UnidosContraACorrupção. Já foram criadas iniciativas em prol da mobilização e participação dos professores, professoras e estudantes no Dia Internacional Contra a Corrupção e já existem testemunhos de alunos.
Cientistas políticos e investigadores têm concluído que as pessoas em Portugal não se mobilizam porque acreditam que não têm voz. No entanto, à semelhança do que está a acontecer nos EUA, a mobilização da juventude portuguesa tem um papel determinante a desempenhar nos dados sobre a participação política e na inversão das elevadas taxas de abstenção.
De acordo com a análise do professor português em Nova Iorque sobre os resultados das eleições, a juventude nos EUA não está desinteressada da política, pelo contrário, é o grupo que está a injetar nova vida à democracia. O grupo eleitoral 18-29 anos de idade representou 17% de todo o eleitorado americano contra os 16% em 2016; a taxa de participação eleitoral deste grupo aumentou 10%, de 45% em 2016, para 55% em 2020. No Colorado, Estado que primeiro acolheu André Corrêa d’Almeida nos EUA, a participação eleitoral deste grupo foi de 70%. Nos Estados onde os resultados foram mais divididos esta participação chegou a triplicar face a 2016 como foi no caso de Michigan. Dois em cada três jovens votaram em Joe Biden. Esta proporção foi maior entre a juventude não branca (Black: 86%; Asian: 83%; Latino: 74%).
Estes dados refletem uma maior mobilização deste grupo em torno dos temas relacionados com justiça social, sustentabilidade ambiental, sistema de saúde, imigração e inclusividade, sendo que 41% do eleitorado jovem menos motivado para votar acabou por votar devido à abordagem de Joe Biden ao problema das alterações climáticas.