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Empresários defendem mão-de-obra qualificada para estimular economia
Os 64 membros do painel que responderam à segunda edição do Barómetro Kaizen mantiveram a avaliação negativa à economia portuguesa: 9 valores em 20.
Os gestores de topo de médias e grandes empresas instaladas em Portugal defendem que estimular a economia passa por mão-de-obra qualificada (63%), contra apenas 22% que sustentam que salários baixos podem gerar maiores ganhos de competitividade.
Da larga maioria que entende haver maiores benefícios com remunerações que privilegiem a qualificação, 44% justifica-o com a atracção de investimento estrangeiro selectivo, 11% por evitar a saída do país de trabalhadores com formação especializada e 8% com a estimulação do consumo interno. Do outro lado, entre os 22% que defendem salários mais baixos, 13% sustenta-o por se adaptar melhor aos níveis de produtividade nacional, 6% porque consideram atrair mais investimento estrangeiro e 3% por libertar liquidez para investimentos.
Na discussão das medidas fiscais que mais poderiam estimular a economia, uma esmagadora maioria defende a redução da carga sobre as empresas. Entre os inquiridos, 73% considera que reduzir o IRC estimularia o investimento, 69% defende que reduzir o IVA estimularia o consumo interno e 58% acha que o consumo interno se estimularia com a redução do IRS.
Quanto aos riscos de contágio da situação no Chipre, todos os inquiridos referiram como preocupação a quebra de confiança no sistema bancário, havendo 55% que teme o aumento de dificuldades no acesso ao crédito e 53% o agravamento da falta de liquidez na banca.