De que sector são os líderes que demostraram níveis de confiança mais altos (e mais baixos) durante a pandemia? Estudo dá a resposta

Os líderes dos sectores das utilities (água, electricidade e gás), da saúde, das TI, do imobiliário e industrial demonstram, durante a pandemia, níveis de confiança acima da média. Pelo contrário, os CEO e CMO da indústria energética são os menos confiantes, apesar de apresentarem a segunda maior subida de confiança desde Abril de 2020.

 

A Worldcom, a maior rede mundial de agências parceiras de Relações Públicas independentes, representado em Portugal pela Do It On, acaba de publicar o mais recente Worldcom Confidence Index (WCI), o estudo que monitoriza os níveis de interação de mais de 54 mil CEO/CMO a nível global, medindo a sua confiança ou preocupação sobre vários tópicos empresariais. Este mês, é examinado o nível de confiança dos líderes empresariais.

Em Portugal, os líderes do sector tecnológico são os mais confiantes, seguindo a tendência global dos países analisados, com resultados acima da média. Produtos TI e serviços focados em comunicação e colaboração, como é o caso do Zoom, têm tido muita procura. Outros produtos, como a Bridge, uma plataforma de gestão de aprendizagem e desempenho pensada para optimizar o novo modelo de trabalho híbrido, estão também a alcançar bons resultados.

O índice de confiança no sector das TI registou, no entanto, a segunda maior descida desde abril de 2020 – de 3.2%. O estudo aponta o dedo à redução da procura logo após um enorme impulso dado pela pandemia neste sector.

“Estes resultados mostram cabalmente algo que fomos notando ao longo de 2020 e que se sente também desde os primeiros meses de 2021, que o sector das Tecnologias de Informação, para além da resiliência demonstrada, tem como base valores que facilitam o sucesso das marcas: inovação, adaptabilidade e elevada agilidade para responder às necessidades e exigências do mercado, seja qual for a sua realidade”, referiu Fernando Batista, Fundador e Director Executivo da Do It On e membro do Board EMEA da Worldcom.

O segundo lugar da tabela portuguesa é ocupado pelo sector de consumo de bens de luxo, apesar de ainda abaixo da média de confiança. Entretenimento em casa e melhorias domésticas têm tido resultados muito positivos, assim como os retalhistas com uma forte presença online. Por outro lado, outros negócios de produtos discricionários, com abordagens mais tradicionais, têm-se deparado com algumas dificuldades.

Pelo contrário, a nível global os líderes da indústria energética são os menos confiantes, apesar de apresentarem a segunda maior subida de confiança desde Abril de 2020, a que se segue o sector de consumo, que é o segundo menos confiante.

Preocupações relacionadas com o fornecimento global e a crescente necessidade de abastecimento local explicam esta conclusão. O burnout entre os funcionários pode igualmente ser uma das causas, já que nos últimos 12 meses, apesar dos vários confinamentos, o sector nunca deixou de funcionar. Os trabalhadores foram confrontados com condições de trabalho de maior risco e comportamentos abusivos por parte dos consumidores. Este é o cenário também identificado em Portugal, com os líderes do sector de consumo a ocupar o antepenúltimo lugar do Índice de Confiança por sector do país.

O relatório dá ainda conta de que, em Portugal, o impacto e papel dos media é o tópico que tem recebido maior atenção por parte dos líderes da generalidade dos sectores, seguido da qualificação e requalificação de trabalhadores. Nos últimos lugares, constam as questões ambientais, a gestão de crise e privacidade e protecção de dados.

Para Roger Hurni, Chair of The Worldcom Public Relations Group, “as variações de confiança nos vários sectores evidenciam os diferentes desafios e oportunidades de comunicação que os líderes têm pela frente”. Há, contudo, refere o responsável, uma conclusão-chave: “a cultura organizacional, e a forma como a requalificação está embutida nessa cultura, será vital para o sucesso futuro”.

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