O novo papel e os novos desafios do(s) líder(es). E a importância da transparência na gestão

O papel da gestão e do líder tem sofrido transformações ao longo dos últimos anos. A ideia de que apenas os cargos de direcção têm acesso a informação empresarial privilegiada está, actualmente, completamente ultrapassada. Hoje, os colaboradores estão em completa sintonia com a missão, os valores e objectivos das empresas, o que implica não só terem conhecimento da sua estratégia de gestão, como serem um elemento activo da mesma.

Por Carlos Gouveia, CEO da Scoring

 

Neste sentido, o papel do líder passa agora por colocar em prática novos desafios, como o de partilhar a visão estratégica da empresa, direcionar a informação para os seus colaboradores, orientá-los na procura de resultados, dialogar e, sobretudo, saber ouvir, tendo em conta que a troca de informações permite alinhar os objetivos e as acções das empresas na procura por resultados de excelência.

Como moeda de troca, as empresas procuram atitude e compromisso. Duas das características mais valorizados nas actuais políticas de Recursos Humanos. Se os colaboradores já estariam a ser, também, avaliados pelo seu desempenho de coeficiente emocional, a pandemia de Covid-19 veio mostrar-nos que o coeficiente de adaptação passou a ser essencial, fruto da enorme imprevisibilidade dos nossos dias e das sucessivas adaptações a que os colaboradores estão sujeitos.

Precisamente, as incertezas do nosso tempo requerem uma comunicação clara e transparente, que permita apresentar claros sinais aos colaboradores, relativamente ao real significado do seu papel e do impacto que o seu investimento oferece à empresa. Uma das principais práticas para motivar os colaboradores é criar uma cultura de feedback, como uma forma de reconhecer e valorizar a importância de cada um, dentro da empresa.

Por sua vez, a motivação dos colaboradores está intimamente relacionada com a sua melhoria contínua e com o seu crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional. Por isso, é essencial estimular o colaborador a desenvolver cada vez mais suas habilidades e competências, a fim de alcançar a satisfação profissional, o que depende de um plano estratégico claro e definido.

Não existindo uma fórmula mágica para a motivação dos colaboradores, um dos principais ingredientes na gestão das empresas é o foco na gestão de pessoas para ganhar competitividade e reter talentos. O factor humano é essencial para o crescimento de uma empresa e deve ser trabalhado com a oferta de boas condições de trabalho, boas lideranças e com um objectivo estratégico. O resultado será a fidelização dos colaboradores à empresa, e acaba por ser o retorno da coragem do empresário.

Por todas as razões, torna-se essencial a avaliação de medidas de transparência e de boas práticas de gestão, que ajudem os empresários a chancelar o bom desempenho e a solidez financeira das suas empresas, criando valor para todos. Estas medidas de validação terão um enorme impacto junto dos colaboradores, dos seus pares e junto da opinião pública, que passam a acompanhar o trabalho desenvolvido pela empresa e a olhar para a estrutura com orgulho, respeito e credibilidade, conferindo-lhe notoriedade.

 

 

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