Pedro Fontes Falcão, Iscte Executive Education: O teletrabalho é um benefício ou um direito?

Pedro Fontes Falcão, director do Executive MBA do Iscte Executive Education, e gestor de empresas destaca «as questões-chave do questionário prendem-se com o modelo de trabalho a definir pelas empresas, que deve resultar de uma questão basilar: o teletrabalho é um benefício que as empresas dão aos seus colaboradores ou é um direito destes?».

 

«Dos resultados do questionário, apercebemo-nos de que a grande maioria das empresas já “chamou” os seus colaboradores de volta, o que aliás se nota no trânsito na cidade. Deixando essa questão agora de lado, apercebemo-nos que, com o regresso, cerca de 5% dos respondentes acreditam que a maioria dos colaboradores tem receio e cerca de 18% dos colaboradores resistem a voltar ao local de trabalho. Acredito que o receio diminuirá com o tempo, mas quanto à resistência, será interessante perceber as razões da resistência, para se tentar ultrapassar, e o perfil de pessoas que resistem.

Será que os resistentes têm quase todos o mesmo perfil, ou será algo transversal à empresa? A quase totalidade dos respondentes acredita que a maioria dos trabalhadores prefere um modelo híbrido. Ou seja, já não há dúvidas de que o teletrabalho se irá manter no futuro, na maior parte dos casos num modelo híbrido. A grande questão é como definir e operacionalizar o modelo. Finalmente, destacar que a cultura é uma preocupação dos gestores que, por um lado, querem assegurar a coesão da cultura, e por outro lado, 40% dizem que estão a promover mudanças na cultura organizacional.

As questões-chave do questionário prendem-se com o modelo de trabalho a definir pelas empresas, que deve resultar de uma questão basilar: o teletrabalho é um benefício que as empresas dão aos seus colaboradores ou é um direito destes?»

Este testemunho foi publicado na edição de Outubro (nº. 130) da Human Resources, no âmbito da XXXVII edição do seu Barómetro.

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