Onde param (e o que querem) as pessoas?
As restrições relacionadas com a pandemia acabaram (quase todas), mas os desafios não. Muito pelo contrário. E, nas empresas, é consensualmente destacado um em particular – a escassez de profissionais –, junto com um outro: a mudança de paradigma em relação ao que esperam do trabalho. Foi esse o foco da 23.ª edição da Conferência Human Resources, e foi isso que corroborou o diversificado leque de oradores que no passado mês de Abril passaram pelo Museu do Oriente, em Lisboa.
Por Ana Leonor Martins, Margarida Lopes, Paulo Mendonça e Sandra M. Pinto | Fotos Nuno Carrancho
As perguntas de partida para esta XXIII Conferência Human Resources eram muitas, e Ricardo Florêncio, CEO do Multipublicações Media Group, destacou alguma delas na sua habitual intervenção de boas-vindas. Começou por salientar que «há muito tempo que não se assistia a este corrupio de mudanças de pessoas nas empresas» e que essas movimentações não se restringem à área da Tecnologia. «Se por um lado é demonstrativo de vitalidade do mercado, é também um sinal claro de escassez de recursos», afirmou. «As pessoas estão mais exigentes, querem novos desafios, mas também mais e melhores condições, e algumas bem diferentes do que as empresas estavam habituadas a lidar e a oferecer.» Há também «sectores onde não se consegue mesmo contratar, porque não há pessoas».
É esta realidade que justifica o tema da 23.ª edição da Conferência Human Resources: «2022, o ano de todos os desafios: Onde param (e o que querem) as pessoas? ». Será melhores salários? Mais benefícios? Novos modelos de trabalho? E estão as empresas preparadas, e têm condições, para satisfazer estas exigências? Até onde podem ir? Quais as linhas limite? Não só nas questões financeiras, mas também ao nível da própria identidade de cada uma? Conseguem responder a todas as exigências individuais das pessoas? Estará o “eu” sobrepor- se ao “nós” (empresa)? Assim, como continuar a motivar os colaboradores? Actualmente, é mais difícil atrair ou reter talento? Por outro lado, se não existem pessoas suficientes, o que fazer? E como têm as lideranças, não só as de topo das organizações, mas também as intermédias, lidado com estas transformações?»
Estas foram algumas das questões a que os especialistas convidados, de diferentes sectores, procuraram responder ao longo de uma manhã. Mas como sublinhou, em jeito de conclusão, Ricardo Florêncio, «a acumular a já mais de dois anos de pandemia, temos agora uma guerra. E a incerteza continua. 2022 será mesmo o ano de todos os desafios! É nosso objectivo contribuir para a reflexão, antecipar tendências, partilhar boas práticas e perspectivar caminhos que possam responder a pelo menos algumas destas questões.»
Leia o artigo na íntegra, com as todas as intervenções dos especialistas convidados, na edição de Maio (nº. 137) da Human Resources, nas bancas.
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