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Empresas, jovens e universidades em “universos paralelos”
Assim o diz um estudo da McKinsey: apesar do desemprego jovem, as empresas têm dificuldades em encontrar candidatos com as competências adequadas.
Apesar dos altos níveis de desemprego jovem nos países europeus, as organizações consideram difícil encontrar os candidatos certos para determinadas ofertas de trabalho, segundo o estudo da consultora McKinsey “Education to employment: Getting Europe’s youth into work”. E uma das razões é, salienta, «a incapacidade dos empregadores, das instituições de ensino e dos jovens em entenderem-se mutuamente.» E acrescentam: «Para usar a expressão do nosso relatório de 2012, todos operam em “universos paralelos”.»
Segundo o inquérito efectuado pela consultora, 27% dos empregadores revelou não ter preenchido uma oferta de trabalho devido à dificuldade em encontrar candidatos com as competências necessárias. Um terço das empresas inquiridas disse que esta discrepância está a provocar «problemas no negócio» relativamente a «custos, qualidade ou tempo», lê-se no documento.
Um dos factores apontados é a diferença entre a forma como universidades, as empresas e os jovens encaram a preparação para o mercado de trabalho: «74% das instituições de ensino acreditam que os seus formandos estão preparados para o trabalho, apesar de apenas 38% dos jovens e 35% dos empregadores concordarem.» E a quebra de comunicação entre universidades e empresas é relevante em Portugal, já que apenas um terço das empresas portuguesas revelou manter contacto com as instituições académicas várias vezes por ano.
Para a elaboração do estudo, foram inquiridos 5300 jovens, 2600 empregadores e 700 universidades em oito países: França, Alemanha, Grécia, Itália, Portugal, Espanha, Suécia e o Reino Unido.