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António Horta Osório é o novo administrador não executivo do Grupo Impresa
A Impresa anunciou que António Horta Osório é o novo administrador não executivo do grupo, na sequência da renúncia ao cargo de João Nuno Lopes, tendo o Conselho de Administração a intenção de designá-lo vice-presidente.
«A Impresa informa que na presente data o administrador João Nuno Lopes de Castro apresentou a sua renúncia ao cargo de administrador do grupo, tendo o Conselho de Administração aprovado designar nesta data, por cooptação, (…) António Horta Osório como novo administrador» para o mandato em curso de 2019-2022, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Além disso, «foi ainda aprovado pelo Conselho de Administração propor a convocação de uma reunião extraordinária da assembleia-geral para deliberar sobre a alteração do artigo 14.º dos estatutos de forma a permitir a designação de dois vice-presidentes do Conselho de Administração».
«Após o cumprimento das formalidades legais necessárias, nomeadamente a alteração estatutária que permita a designação de dois vice-presidentes, é intenção do Conselho de Administração da Impresa que António Horta Osório seja designado vice-presidente do Conselho de Administração, a par de Francisco Maria Balsemão, que já exerce essas funções, e também presidente do Comité de Estratégia» do grupo, refere a dona da SIC num outro comunicado.
«Pelo seu notável percurso empresarial, nacional e internacional, e pelas suas qualidades pessoais e profissionais, julgamos que António Horta Osório é uma excelente escolha para administrador do Conselho de Administração da Impresa. A sua visão e a sua experiência serão certamente um importante contributo para o grupo e para o sector dos media», afirma Francisco Pinto Balsemão, presidente da Impresa e seu acionista maioritário, através da holding Impreger, citado em comunicado.
Francisco Pedro Balsemão, presidente executivo da Impresa, acrescenta que «António Horta Osório participará activamente na definição da estratégia para o futuro» do grupo, «em tempos de profundas mudanças para os meios de comunicação social».
O grupo «beneficiará muito com a sua experiência internacional e com o seu conhecimento da realidade do nosso país», remata Francisco Pedro Balsemão, citado no comunicado.
Por sua vez, António Horta Osório afirma, também citado no comunicado, a «enorme admiração» que tem pelo grupo e pelo seu fundador.
«Pelo que foi com muito gosto que aceitei o desafio que me foi proposto. Qualquer sociedade precisa de uma comunicação social forte, independente e credível, para o seu bom desenvolvimento. Nessa perspectiva, é com um grande sentido de responsabilidade que darei o meu contributo para a definição da estratégia do grupo Impresa, numa altura em que o sector enfrenta importantes mudanças», salienta o gestor.
Horta Osório «é há mais de 30 anos uma personalidade de destaque no mundo financeiro, com uma bem-sucedida carreira nacional e internacional na área da banca».
Chairman do grupo Credit Suisse até janeiro deste ano, António Horta Osório foi presidente executivo do Lloyds (entre Fevereiro de 2011 e Abril de 2021), por convite do governo britânico, tendo sido responsável pela recuperação financeira do banco.
Passou também pelo grupo Santander, entre 1993 e 2010, onde exerceu vários cargos, entre os quais CEO em Portugal, Brasil e Reino Unido. Anteriormente tinha estado na Goldman Sachs e Citibank.
No ano passado, foi nomeado cavaleiro pela rainha Isabel II de Inglaterra, em reconhecimento pelo seu contributo no sector financeiro, bem como na área da saúde mental e da cultura.
«O Conselho de Administração da Impresa agradece a João Castro todo o empenho e o valor acrescentado que trouxe ao grupo nos sete anos em que exerceu o cargo de administrador não executivo» e «congratula-se ainda pelo facto de João Castro, que é actualmente professor da Nova SBE, especialista em inovação, tecnologia e desenvolvimento de produto, e que já foi, entre outros cargos, director de inovação disruptiva da Sumol+Compal, continuar ligado ao grupo, passando, a partir de hoje, a assumir as funções de consultor para a inovação», no âmbito da implementação do Plano Estratégico 2022-2025.
A Impresa registou prejuízos de 2,2 milhões de euros no primeiro semestre, o que compara com lucros de 3,3 milhões de euros em igual período de 2021.