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O seu emprego é à prova de recessão? Veja aqui quais são os sectores mais “resistentes” mas não deixe de se preparar
O mercado de trabalho tem assistido a momentos turbulentos. A pandemia trouxe o encerramento de muitas empresas, despedimentos, mas também oportunidades. E, se por um lado soam os alarmes da escassez de talento, por outro os números do desemprego vão subindo, ainda que ligeiramente. A escalada da inflação e a perda de poder de compra generalizada fazem prever uma crise económica que vai afectar grande parte da sociedade.
As previsões das principais instituições europeias, incluindo o Banco Central Europeu, não são optimistas, não obstante os fundos europeus destinados a tornar os tempos que aí vêm menos difíceis.
Pode haver algumas lições a retirar das grandes crises económicas de 2008 e 2009, mas o mundo do trabalho não é o mesmo de há 15 anos. Por isso, como pode preparar-se para a muito provável recessão que se avizinha e proteger o seu posto de trabalho?
Amanda Augustine, especialista em carreiras, partilhou com a Fast Company dicas para que a função de um professional seja visível perante as chefias, planear competências adicionais e manter o foco para quem está a trabalhar remotamente.
Há algum emprego que seja à prova de recessão?
A especialista revela que não há nenhum sector imune à recessão, porém alguns são mais resistentes a ela. E isso foi visível durante a pandemia com os “trabalhadores essenciais” nos sectores da saúde, educação, finanças, serviços e retalho. No fundo, áreas sem as quais não conseguimos viver. Já as que maior impacto sofrem são aquelas que as pessoas podem dispensar quando é necessário cortar nos gastos, como viagens, hotelaria, restauração, entretenimento, entre outras. Por isso, Augustine aconselha estar atento às oscilações sectoriais da taxa de emprego e desemprego.
Manter o emprego que já tem
Independentemente do sector, a profissional deixa alguns conselhos para que seja considerado indispensável na sua empresa, caso esta decida reduzir as equipas. O primeiro passo a tomar é saber se tem noção do seu contributo no desempenho da sua função. «Se não tem reuniões regulares com o seu manager, talvez seja hora de começar a implementar essa rotina», aconselha.
O segundo passo será aferir de que forma acrescenta valor e como é que este não se compara ao dos demais colegas. «Seja contribuir para a redução de custos ou para o aumento das receitas ou até mesmo reter clientes. E mesmo que não ocupe uma posição na qual o seu impacto seja óbvio à primeira vista, tente arranjar métricas que lhe permitam comprovar o impacto do seu valor. Vão ser sempre bons argumentos para o manter por perto.»
Preparar-se para uma caça ao emprego
Por vezes, os layoffs são inevitáveis mesmo que esteja num sector relativamente seguro e tenha dado o melhor de si na função. «Independentemente da situação económica, deve estar sempre preparado para uma procura de emprego, porque tudo pode mudar sem aviso», alerta Augustine e recomenda explorar a sua rede de contactos no LinkedIn e ver quem está a contratar para o caso de ter de mudar de trabalho por um determinado período.
«Se o seu sector aparenta estar em alta, mas com concorrência forte, junte a informação agora para poder ter uma clara noção de quais seriam os seus objectivos numa procura de emprego, caso seja esse o caminho», explica. Se acha que vai precisar de mudar de sector, a profissional recomenda reflectir sobre as competências transferíveis e “mergulhar” num segundo trabalho.