Países emergentes necessitam de 200 milhões de novos empregos

10% dos portugueses ganham o Salário Mínimo  A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que sejam necessários 200 milhões de novos postos de trabalho nos próximos cinco anos para corresponder ao ritmo de crescimento da população em idade de trabalho nesses países.

No Relatório sobre o Trabalho no Mundo 2014, a OIT alerta para o agravamento que este facto vai implicar a médio prazo no desemprego  jovem, numa altura em que este «já excede 12 por cento nos países em desenvolvimento – três vezes superior à taxa de desemprego para adultos.»

O relatório realça que os países deste grupo que mais esforços fizeram para melhorar a qualidade dos postos de trabalho criados e para reduzir a incidência do trabalho vulnerável desde o início da década passada conseguiram registar melhorias no rendimento per capita da população.

«Apesar destas tendências positivas, o emprego e os desafios sociais mantêm-se na maioria dos países emergentes e em desenvolvimento. Mais de metade dos trabalhadores dos países em desenvolvimento (cerca de 1,5 mil milhões de pessoas) estão numa situação de emprego vulnerável», segundo o estudo. «Estes trabalhadores têm menos possibilidades face a quem ganha um salário de ter contratos formais de trabalho, estar coberto por protecção social como pensões e saúde e ter rendimentos regulares.»

A OIT nota ainda que, apesar de «a redução da incidência da pobreza laboral em muitos países em desenvolvimento tem sido notável», apesar de «839 milhões de trabalhadores» nesses países «ganham menos de 2 dólares por dia», mantendo-se ainda numa situação de pobreza.