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Bruxelas quer mudar regras para conduzir na União Europeia. Há uma alteração à qual deverá ter especial atenção
A Comissão Europeia propôs medidas para reforçar a segurança rodoviária na União Europeia (UE), prevendo a inibição de conduzir à escala dos 27 quando determinada pelas autoridades do Estado-membro que condenou infracções graves cometidas.
A proposta para a criação de um novo sistema permitirá a privação do direito de conduzir a nível da UE quando um Estado-membro decidir inabilitar um condutor devido a uma infracção grave cometida no seu território, como excesso de velocidade, conduzir sob a influência de álcool ou drogas e qualquer infracção de trânsito que resulte em morte ou lesões corporais graves.
O executivo comunitário propôs ainda a introdução de uma carta de condução digital, que será a primeira a nível mundial, para simplificar o reconhecimento das cartas de condução entre os Estados-membros.
A idade mínima para começar a aprender a conduzir e obter uma licença de condução na UE passa a ser de 17 anos, idade em que é obrigatória a condução acompanhada e que termina na maioridade.
A proposta da Comissão Europeia, que terá de passar pelo crivo do Parlamento Europeu e do Conselho da UE, prevê também um período de experiência de, pelo menos, dois anos para condutores recém-encartados e uma regra de tolerância zero para condução sob o feito do álcool.
O executivo comunitário justifica esta medida indicando que, apesar de os jovens representarem apenas 8% dos condutores de automóveis, duas em cada cinco colisões fatais envolvem condutores com menos de 30 anos.
No ano passado, perderam-se mais de 20 000 vidas nas estradas da UE e a maioria dessas vítimas eram peões, ciclistas e utilizadores de trotinetas e motociclos.