Num futuro imprevisível, como podem as empresas enfrentar os desafios que aí vêm? Eis 10 soluções

A LLYC elaborou o relatório “New Times, New Rules: 10 desafios para tempos imprevisíveis”, em que responde aos desafios que as empresas enfrentam para continuarem a crescer e a gerar valor. O documento, desenvolvido por cerca de vinte profissionais da empresa de diferentes especialidades e geografias, oferece soluções para enfrentar o futuro com a ajuda da tecnologia, da criatividade e de um enfoque decidido nas pessoas.

 

Estes são os 10 desafios apresentados no relatório:

1. Como aproveitar momentos complexos para melhorar a posição competitiva: ser dona da própria imagem é um dos desafios mais difíceis que as marcas enfrentam. Por isso, é essencial que as empresas adoptem soluções avançadas de “intelligence” para medir o debate e o impacto das suas acções. Só desta forma poderão adaptar as suas estratégias às exigências do mercado e ficar um passo à frente dos seus concorrentes.

 

2. Como ajustar a estratégia de marketing sem perder o impacto: em tempos de crise e incerteza, as empresas são mais propensas a reduzir os seus orçamentos de marketing. No entanto, a realidade é que as organizações que mantiveram ou aumentaram os seus investimentos tiveram um maior sucesso comercial. Em 2021, 97,7% das empresas do S&P 500 e 75% das empresas do Ibex 35, que em 2020 aumentaram o orçamento destinado ao marketing, ultrapassaram as suas receitas de 2019.

 

3. Como enfrentar a hiper-regulação: a nível global, o sector empresarial encontrou o seu principal obstáculo nas leis que deveriam dar-lhe incentivos. A União Europeia aprova uma média de 18 por dia e os CEO da Améria Latina afirmam que a elevada regulamentação é a segunda maior ameaça ao crescimento das suas empresas, atrás apenas do populismo. Perante este cenário, as empresas devem dar um passo em frente no diálogo público-privado e reclamar que as instituições as escutem.

 

4. Que talento é necessário e como o fidelizar num momento de incerteza: o novo contexto na relação talento-empresa é marcado por fenómenos globais como a grande renúncia que aumentou os índices de rotatividade nas empresas para mais de 20%, segundo a Gartner. As empresas já não escolhem: são os candidatos que escolhem onde trabalhar. Estes são tempos de inovação, de repensar o que fazemos e de incorporar novas capacidades nas equipas de RH para abordar o futuro.

 

5. Como desenvolver líderes que façam a organização evoluir: os novos modelos de liderança baseados na escuta, que comunicam com a alma e que capacitam as equipas são os únicos capazes de enfrentar as necessidades mais exigentes do futuro. O líder tem de gerar uma cultura empresarial de humanização do trabalho em que todos se sintam participantes e responsáveis por um projecto comum, para inspirar e gerar um impacto real no ambiente.

 

6. Como proteger o negócio em sectores altamente expostos: se aprendemos algo nos últimos anos, foi a aceitar a plausibilidade de cenários tão improváveis como uma pandemia global ou uma guerra de invasão na Europa seguida de uma crise energética de âmbito planetário. No actual contexto de permacrise, o desafio não consiste em antecipar acontecimentos de risco pensando apenas em como atenuar os impactos negativos a curto prazo, mas sim como convertê-los em positivos no médio prazo.

 

7. Como navegar no debate numa sociedade tão polarizada: Hoje, uma em cada quatro pessoas está exposta à polarização extrema. Mantendo-se esta tendência em 2040, este número subirá para dois em cada quatro. Segundo o estudo The Hidden Drug elaborado pela LLYC em 2022, tal como no caso de outras drogas existentes, a polarização tem efeitos sobre o indivíduo e sobre a sociedade. Temos a responsabilidade de criar esses espaços de conciliação para encontrar uma saída para esta situação.

 

8. Como permanecer relevante e influente num contexto complexo: a incerteza, a volatilidade e o cepticismo são ingredientes incontornáveis na gestão empresarial. Se conseguirmos focalizar-nos nas questões relevantes para os nossos grupos de interesse, dar resposta às preocupações sociais e estabelecer relações e criar alianças com comunidades-chave, poderemos ser relevantes e influentes num contexto emaranhado e convulso, mas cada vez mais desafiador e transformador.

 

9. Como converter a transformação num activo de reputação: a verdadeira transformação e a sua conversão num activo reputacional só serão obtidas trabalhando com um objectivo comum. É fundamental a escuta activa, o desenvolvimento de uma narrativa próxima, simples e credível, e também a criação do orgulho da coparticipação no sucesso. O contexto exige que as empresas invistam numa cultura de engagement para que os colaboradores possam sentir, todos os dias, que o que fazem tem sentido e que existe um objectivo que realmente importa.

 

10. Como permanecer ligado aos clientes com menor poder de compra: com um consumidor nervoso, será fundamental gerar estratégias baseadas nos dados e abordar com criatividade os componentes do modelo de negócio, colocando o utilizador no centro de tudo. Evidentemente, contando com aliados (fornecedores) para nos facilitar este caminho, com uma proposta de valor específica e que nos ajude a implementar as soluções de uma forma mais concreta e eficaz.

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