A reputação é a recompensa dos melhores no sector público, diz Rui Rio

Rui Rio iniciou a VIII Conferência da Human Resources Portugal, que contou com casa cheia: 280 pessoas compareceram no Hotel Dom Pedro, em Lisboa, ao debate sob o tema “Reputação e a sua ligação à confiança, cultura organizacional e negócios”.

Rui Rio iniciou a VIII Conferência da Human Resources Portugal, que contou com casa cheia: 280 pessoas compareceram ao debate sob o tema “Reputação e a sua ligação à confiança, cultura organizacional e negócios”.

Rui Rio, partner da Boyden, considera que, de acordo com a sua experiência como antigo presidente da Câmara Municipal do Porto, a reputação é uma moeda de troca para convencer os recursos humanos mais talentosos a permanecerem num sector afectado por cortes e por diversas restrições que impedem que se premeie os melhores: o sector público.

«Os recursos humanos são o ponto de partida. Sem eles, seria impossível corrigir o que quer que seja. Contudo, há um problema: eu não tenho condições de premiar os melhores. Só há uma forma de compensar: a reputação. Só posso ajudar com a reputação e com o posicionamento face à sociedade» que advém do prestígio de ocupar um cargo público – prestígio esse que, com o passar do tempo, foi-se perdendo, sublinha Rui Rio.

Rui Rio salientou que é difícil mudar as entidades públicas dependentes dos ministérios devido à «instabilidade» das pastas: «Há uma constante preocupação [dos ministros] com a parte política do Ministério. A política vai mudando ao sabor das disputas.»

Já para mobilizar uma força de trabalho que chegou a atingir os 4000 colaboradores na Câmara Municipal do Porto, o antigo presidente falou da importância da liderança na modificação de comportamentos e no aumento da produtividade: «O exemplo tem de partir do topo para a base, algo que nos ministérios não acontece.»

O ex-autarca detalhou as qualidades dos líderes eficazes em mobilizar as suas equipas: «Lutar contra as dificuldades de forma eficaz», «ser justo e coerente», ser digno de «confiança», «saber delegar» e promover uma «cultura de rigor».

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