Portugal está cada vez mais atractivo para investidores estrangeiros

67% de empresas consideram que a atractividade do País vai melhorar nos próximos três anos. A redução da carga fiscal é apontada como importante para atraír mais Investimento Directo Estrangeiro. Conheça as principais conclusões deste estudo da EY.

produção industrial, em Portugal, cresceu 8,2% em Agosto, face ao mês anterior

por Redacção

Os empresários portugueses estão cada vez mais optimistas em relação à atractividade de Portugal como destino de Investimento Directo estrangeiro, revela a 8.ª edição do Attractiveness Survey Portugal da EY. O estudo avança que 67% das 200 empresas inquiridas prevê que a atractividade de Portugal melhore no espaço de três anos.

Este é o melhor valor de sempre na história do estudo, constata a EY, comparando aos dois melhores resultados conseguidos até agora, de 37% em 2011 e com 58% em 2007 e em 2013.

Já 73% das empresas inquiridas considera que Portugal irá superar o período de crise. E 85% das organizações prevê que o período de contracção económica termine nos próximos cinco anos.

Diminuição da carga fiscal para atrair mais IDE

É preciso diminuir o peso do fisco nas empresas, dizem os empresários portugueses. Quase metade das empresas inquiridas (46%) defende que a redução da carga fiscal é essencial para atrair mais investimento estrangeiro, uma subida de 13 pontos percentuais face a 2013.

A redução do défice e da dívida pública e a estabilização da economia também são indicados pelas empresas como prioridades em termos de atracção de IDE, com 29% das organizações a apontar este problema. “A redução da burocracia, um maior enfoque na inovação e na I&D e a necessidade de melhorar a educação e a formação profissional são outras áreas recomendadas pelos investidores como forma de melhorar a competitividade do País. O empreendedorismo e a formação na utilização de novas tecnologias são também referidos entre as áreas de reforma mais importantes”, segundo o estudo.

Empresas querem ficar em Portugal, mas número de novos projectos cai

A maioria das empresas que operam em Portugal não pensam em sair do País no longo prazo, segundo o survey da EY, que cita a base de dados de novos projectos European Investment Monitor (EIM). A grande maioria das empresas não pondera desinvestir a nível nacional, com 91% das organizações a prever ficar em Portugal nos próximos 10 anos.

Entre as 200 empresas inquiridas, 54 organizações revelaram ter planos de investimento a curto prazo, na maioria associados à expansão das operações já existentes, com destaque para o sector manufactureiro, com 22% do total dos novos projectos.

Contudo, verificou-se uma quebra nos projectos de investimento empresarial. Segundo o EIM, em 2013 registaram-se 38 novos projectos de investimento estrangeiro em Portugal que iriam gerar cerca de 2 mil postos de trabalho. Contudo, face a 2012, registou-se uma queda de oito projectos, com repercussão na estimativa de número de empregos criados, que há dois anos ficou perto dos 2800.

O número total de projectos de IDE em Portugal corresponde a cerca de 1% do total de novos projectos na Europa (incluindo a Rússia). Esta “quota de mercado” está sensivelmente alinhada com o valor observado no período 2004-2008 (média de 1,1%) e já acima dos valores observados em 2010 e 2011 (cerca de 0,8%).

O Attractiveness Survey baseia-se nos resultados de um inquérito a 200 empresas estrangeiras, das quais 85 não têm actividade em Portugal. Para assegurar a independência do estudo, a selecção da amostra e a condução das entrevistas foi feita por uma empresa externa, não se limitando a clientes da EY.

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