Há menos estrangeiros (sobretudo de fora da UE) a comprar casa em Portugal. Mas há regiões que são excepção. Saiba quais

As vendas de casas a residentes no estrangeiro diminuíram 2,8% no segundo trimestre face ao período homólogo, para 2464 habitações, representando 6,6% do total contra 6,2% no primeiro trimestre deste ano, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

De acordo com o Índice de Preços da Habitação (IPHab) do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre os compradores com domicílio fiscal fora do território nacional, a categoria dos residentes na União Europeia (UE), com um total de 1242 unidades, registou um crescimento homólogo no número de transações de 5,8%, o primeiro desde o terceiro trimestre de 2022.

Pelo contrário, a categoria dos compradores com domicílio fiscal fora da UE registou 1222 transações e uma redução homóloga de 10,2% no número de transacções (-11,9% no primeiro trimestre de 2024).

Cada uma destas duas categorias representa 3,3% do número total de transacções de habitações em Portugal.

Entre Abril e Junho deste ano, foram contabilizadas 34.661 transacções cujos compradores apresentaram um domicílio fiscal no território nacional, mais 11,5% em termos homólogos.

Em termos relativos, o peso destas transacções no total diminuiu para 93,4% (93,8% no trimestre anterior), mas aumentou face ao período homólogo (92,5%).

Numa análise regional, verifica-se que o Norte, com um total de 10.995 transacções, concentrou 29,6% do total das vendas de habitações no segundo trimestre, mais 1,0 pontos percentuais face ao período homólogo.

A par do Norte, o Centro e o Alentejo, com 5885 e 1945, respectivamente, foram as outras regiões a apresentar incrementos nas respectivas quotas regionais, de 0,5 e 0,2 pontos percentuais, pela mesma ordem.

Já as transacções de habitações localizadas na Grande Lisboa fixaram-se em 7031 unidades, 18,9% do total, percentagem idêntica à do mesmo período do ano transato. Na Península de Setúbal venderam-se 3523 habitações, 9,5% do total, uma redução homóloga de 0,4 pontos percentuais. Seguiram-se, em termos de número de transacções, o Oeste e Vale do Tejo e o Algarve, com 3475 e 2836 transacções, respectivamente.

Em termos de quotas relativas, as transacções realizadas nestas duas regiões representaram 9,4% e 7,6%, pela mesma ordem, correspondendo, no caso do Oeste e Vale do Tejo, à manutenção do respectivo peso relativo e, no Algarve, a uma redução homóloga de 1,2 pontos percentuais.

Quanto às transacções de alojamentos na Região Autónoma da Madeira, ascenderam a 836 unidades, 2,3% do total (-0,1 pontos percentuais em termos homólogos), enquanto nos Açores se contabilizaram 599 transações, mantendo-se o peso relativo de 1,6%.

Em valor, entre Abril e Junho, as habitações transaccionadas na Grande Lisboa totalizaram 2500 milhões de euros, 32,2% do total, menos 0,7 pontos percentuais em termos homólogos.

No Norte somaram 1900 milhões de euros, enquanto no Algarve atingiram 912 milhões de euros, o que corresponde, no primeiro caso, a um aumento homólogo do respectivo peso relativo de 1,3 pontos percentuais, e, no segundo, uma redução da quota relativa na mesma amplitude (-1,3 pontos percentuais).

Já na Península de Setúbal, o valor das transacções de alojamentos (752 milhões de euros) correspondeu a 9,5% do total, menos 0,1 pontos percentuais face ao período homólogo.

O Centro apresentou um incremento de 0,5 pontos percentuais no seu peso relativo, para um total de 9,3%, correspondente a um valor de 733 milhões de euros, e no Oeste e Vale do Tejo e no Alentejo as habitações transaccionadas somaram 508 e 227 milhões de euros, respectivamente, correspondentes a pesos relativos de 6,5% e 2,9%. Em ambos os casos, registaram-se aumentos das respectivas quotas relativas, de 0,3 pontos percentuais no Oeste e Vale do Tejo e de 0,1 pontos percentuais no Alentejo.

Na Madeira, as habitações transaccionadas perfizeram 189 milhões de euros (2,4% do total), cerca do dobro dos 95 milhões de euros (1,2% do total) dos Açores.

No segundo trimestre, quatro regiões apresentaram crescimentos homólogos acima da média nacional no número e no valor das transações de alojamentos: Alentejo, Norte, Centro e Açores, com aumentos entre 12,4% e 14,5% no número de transacções e entre 18,0% e 26,4% no valor das transacções.

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