Paulo Bastos, Simoldes. Parcerias público-privadas: um caminho para o upskilling e reskilling

Paulo Bastos, HQ Human Resources manager na Simoldes, acredita que «à medida que o mundo dos negócios muda a um ritmo mais acelerado, as empresas só irão conseguir manter-se relevantes e competitivas se os seus colaboradores estiverem capacitados e actualizados. Por isso, apostar em parcerias público-privadas poderá ser uma mais-valia».

 

«Acreditamos que o crescimento das empresas está intimamente ligado à formação e às competências dos profissionais que as integram. São as competências das pessoas que permitem que as empresas estejam mais preparadas para a mudança, para a incerteza/imprevisibilidade e também para a inovação. Neste contexto, os conceitos de upskilling e reskilling assumem uma importância fundamental, não só no desempenho das organizações, mas também na carreira dos próprios colaboradores.

Assim, investir cada vez mais na formação dos colaboradores contribui, desde logo, para a sua atracção e retenção. Por outro lado, empresas com profissionais mais capacitados têm melhores resultados ao nível da produtividade, da criatividade e da inovação, o que contribui para a sua competitividade e crescimento.

Quando são dadas aos colaboradores oportunidades de formação contínua (upskilling), estes sentem maior confiança no seu trabalho e motivação, ao mesmo tempo, permitindo alavancar a carreira dos próprios colaboradores, o que leva também a uma redução do stress associado ao sentimento de estagnação profissional.

Os benefícios do reskilling para a empresa são claros: continuamos a enfrentar lacunas na contratação de determinados perfis profissionais. Uma das formas de contornar esta escassez de profissionais é através de programas de requalificação que permitam aos colaboradores adquirir essas competências, contribuindo para ajustar/ redefinir ou alterar funções que poderão vir a ser redundantes no futuro, ou emergentes no presente, aumentando a eficiência e a competitividade empresarial. Para os colaboradores, este investimento na formação contribui certamente para aumentar os níveis de satisfação e motivação, produtividade e sentimento de pertença.

À medida que o mundo dos negócios muda a um ritmo mais acelerado, as empresas só irão conseguir manter-se relevantes e competitivas se os seus colaboradores estiverem capacitados e actualizados. Por isso, apostar em parcerias público-privadas poderá ser uma mais-valia, na medida em que este desafio se torna cada vez mais transversal a todas as empresas, o que torna o diálogo entre todos e as consequentes soluções de formação e de partilha do conhecimento mais ágeis e profícuas.»

 

Este testemunho foi publicado na edição de Junho (nº.162) da Human Resources, no âmbito da LIII edição do seu Barómetro.

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