Liderar com a cabeça e não com o coração? Empresas querem executivos com inteligência emocional. Saiba porquê

Historicamente, os executivos foram ensinados a liderar com a cabeça e não com o coração – mas em tempos de incerteza, os C-level conectados com os seus sentimentos podem estar em vantagem, avança a Fortune.

 

Segundo um novo relatório do LinkedIn, a inteligência emocional está a tornar-se cada vez mais importante quando se trata de avaliar executivos. Utilizando dados de mais de mil milhões de utilizadores, o estudo centrou-se nos perfis de executivos de empresas do S&P 500, e “unicórnios” norte-americanos apoiadas por capital de risco. Os investigadores descobriram um aumento de 31% no número de líderes C-level a apresentar competências interpessoais nos seus perfis desde 2018. As cinco mais populares incluem a fazer apresentações eficazes, pensamento estratégico, comunicação, visão estratégica e resolução de conflitos.

Mas porquê a mudança de foco para competências mais interpessoais numa rede social profissional? A resposta directa é a IA, disse à Fortune Aneesh Raman, chief economic opportunity officer do LinkedIn. A tecnologia avançada conduziu o mundo do trabalho para uma nova era, na qual os robôs assumirão cada vez mais trabalho intelectual e os humanos assumirão o trabalho emocional, explicou.

«Estas competências pessoais tornar-se-ão cada vez mais essenciais, não só para a forma como alguém se torna um executivo, mas também para o trabalho destes profissionais: mobilizar equipas e construir uma empresa centrada no ser humano», afirmou.

Aneesh Raman apontou cinco pilares principais das competências de inteligência emocional que, segundo ele, as empresas procuram na liderança: curiosidade, compaixão, coragem, comunicação e criatividade. Mas embora as hard skills e a capacidade intelectual sejam avaliadas de todas as formas – desde testes padronizados a diplomas ou certificados – fazê-lo com competências interpessoais não é assim tão simples.

«Medir as competências destas pessoas é a próxima fronteira na construção de um mercado de trabalho que prioriza as competências», afirmou Raman, salientando que se um profissional não tiver uma determinada competências técnica, pode participar num bootcamp ou num curso para melhorar essa capacidade. «Agora temos de o fazer com competências pessoais e estamos apenas no início.»

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