Entre 2022 e 2023 aumentou o número de jovens sem qualquer vínculo laboral ou escolar. Dos quase dois milhões e 300 mil jovens que o país tem, cerca de 206 mil estavam neste limbo. Ainda assim foi um dos números mais baixos dos últimos cinco anos.
O Norte e o Alentejo foram as regiões do país onde o número de jovens entre os 16 e os 34 anos que não estudam nem trabalham, a chamada Geração “nem-nem”, mais se agravou entre 2022 e 2023, com subidas de 12% e de 15% respectivamente, contrariando a tendência decrescente dos últimos anos.
A notícia foi avançada pelo Jornal de Notícias, que se baseou em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelaram que o Norte tem 73 mil jovens sem qualquer vínculo laboral ou ao mundo escolar. Os especialistas apontam o aumento da imigração, o abrandamento das exportações e os custos do Ensino Superior como potenciais causas para a situação na região.
A publicação revela que estes jovens são inactivos por razões diversas. Porque abandonaram a escola cedo demais, por doença ou incapacidade, por falta de oportunidades ou falta de motivação. Por outro lado o abrandamento das exportações de alguns sectores relevantes pode ter contribuído para uma subida do desemprego nesta faixa etária.
A União Europeia (UE) põe nesta categoria os jovens com idades entre os 15 e os 29 anos. Mas, em Portugal, o Instituto Nacional de Estatística (INE) alarga a fatia que vai dos 16 até aos 34 anos.