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Falta de recursos humanos na PSP “é evidente”
A ministra da Administração Interna disse que a falta de recursos humanos na PSP «é evidente», sendo necessário «desenvolver um conjunto de procedimentos» para apostar no recrutamento e na atractividade da carreira policial para «inverter a pirâmide».
«A desertificação das forças é evidente. Vamos ter de desenvolver um conjunto de procedimentos, apostar no recrutamento e na atractividade da carreira para inverter essa pirâmide», afirmou Margarida Blasco na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, direitos, Liberdades e Garantias, onde está a ser ouvida.
A ministra afirmou que, no âmbito das negociações que estão a decorrer com os sindicatos da PSP e associações socioprofissionais da GNR, a questão da falta de elementos nas forças de segurança e as formas para captar mais jovens vão estar em análise.
Como exemplo da falta de recursos humanos na PSP, a ministra indicou que em todo o país existem 16 subcomissários e actualmente a Polícia de Segurança Pública tem um efectivo de entre 19 mil e 20 mil.
A governante disse que 60% dos polícias da PSP tem mais de 40 anos.
Nesse sentido, defendeu que «há que fazer rapidamente um rejuvenescimento de toda a instituição no sentido de captar jovens porque a média etária é efectivamente muito elevada».
Margarida Blasco indicou que neste momento está a decorrer na escola de polícia um curso de formação de agentes com cerca 470 formandos e em breve será aberto um novo concurso para 800 novos agentes.
Também na GNR vão terminar em março o curso de guardas 400 militares.
A ministra deu também conta aos deputados da iniciativa que vai permitir reforçar a autoridade das forças de segurança «e promover o agravamento do quadro sancionatório penal nos crimes praticados contra estes profissionais».
Segundo a ministra, uma média de 2100 polícias são agredidos anualmente e o Relatório Anual de Segurança Interna registou «um aumento significativo» de agressões contra elementos das forças de segurança.