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Coworking está a crescer em Portugal. Eis porquê
Em 2025, o crescimento dos espaços de Coworking a nível global mantem-se em ascensão. A Eureka Coworking Lisboa aponta os cinco principais factos que contribuem para a expansão deste modelo de trabalho em Portugal.
Para Daniel Moral, CEO e co-fundador da Eureka Coworking no Brasil e Portugal, «os espaços de trabalho partilhados ajustam-se a uma realidade marcada pela flexibilidade de horários e ambientes, na qual a tecnologia ajuda a proporcionar mais autonomia, propósito e conexões reais entre indivíduos e empresas.»
Perante este cenário, o especialista que gere cinco seis espaços de coworking no Brasil e uma unidade em Lisboa enumera cinco factos que moldam a realidade do trabalho em 2025. Conheça-as.
1. Trabalho desmaterializado
Com a crescente adopção do modelo híbrido, o conceito de escritórios fixos e estruturas hierárquicas rígidas começa a tornar-se obsoleto. As organizações estão cada vez mais focadas nos resultados e na eficiência.
«A transição do físico para o digital, sem perder a capacidade de colaboração presencial, mostrou às empresas e profissionais que é possível trabalhar de forma mais ágil, utilizando recursos de forma optimizada e sustentável», afirma.
2. Valores sólidos
A desmaterialização do mercado de trabalho tem impulsionado empresas e profissionais a procurar ambientes que reflictam os seus valores.
«O mundo dos negócios deixou de se mover apenas pela produtividade; ele é moldado por propósito e impacto, especialmente com iniciativas que promovem a sustentabilidade, eventos educativos e programas voltados para o empreendedorismo consciente», destaca Daniel Moral.
3. Custos reduzidos
O crescimento dos coworkings no mundo reflecte a procura actual das empresas por optimização de recursos e maior eficiência financeira. O CEO explica.
«Ao optar por um espaço de coworking, as empresas conseguem reduzir uma série de despesas fixas e variáveis. Os custos com aluguer de escritórios tradicionais, manutenção de infraestrutura, contas de água, luz, internet e segurança são significativamente reduzidos. Além disso, estes espaços estão totalmente equipados com mobiliário, tecnologia e salas de reunião, evitando investimentos iniciais em equipamentos. A flexibilidade oferecida também permite ajustar o número de postos de trabalho, evitando desperdício com espaços sem utilização.»
4. Inovações tecnológicas ao serviço da humanização
A Inteligência Artificial (IA) acelerará a automatização rapidamente, proporcionando um crescimento significativo da economia global. O desenvolvimento de ferramentas como esta prova que as inovações tecnológicas não só aqueceram o mercado, mas também transformaram a maneira como as empresas e os profissionais trabalham, eliminando tarefas burocráticas e operacionais.
«A tecnologia permite que as equipas se concentrem em actividades mais estratégicas e criativas, focando nos negócios principais e em projectos que realmente importam», destaca Daniel Moral. «Nesse contexto, há uma grande expectativa de que os hubs de inovação, como os coworkings conectem startups, empresas e investidores, criando um ambiente que mistura eficiência com o potencial humano», acrescenta.
5. ‘Efeito CO’
Os coworkings estão a tornar-se “a regra” e não “a excepção” no mercado dos espaços de trabalho. Esta tendência reflecte um movimento global no mundo do trabalho, chamado “Efeito CO”, de COlaboração, COnexão, COoperação com propósito.
«O ‘Efeito CO’ não é apenas sobre partilhar uma mesa com outro profissional, mas sim uma mudança cultural», afirma. «Assim como as plataformas Uber, Netflix e Airbnb transformaram os seus sectores ao adoptar uma economia partilhada, o coworking traz a mesma lógica para o ambiente profissional. Estes espaços são ecossistemas que incentivam interacções valiosas, networking orgânico e troca de ideias, o que provavelmente levará mais empresas a adoptar este modelo para encontrar novas oportunidades.»