Sector do Frio e Climatização precisa de cinco mil trabalhadores para responder à emergência climática e energética

De acordo com a APIRAC, Associação Portuguesa das Empresas dos Sectores Térmico, Energético, Electrónico e do Ambiente, o sector do Frio e Climatização precisa de cinco mil trabalhadores para entregar soluções tecnológicas que respondam, em qualidade e quantidade, à emergência climática e energética.

 

A escassez de mão-de-obra qualificada na fileira regista-se, sobretudo, em níveis intermédios, nas áreas de instalação e manutenção, embora condicione igualmente a componente de engenharia em todas as actividades do sector, com impactos expressivos nos segmentos residencial, comercial, de serviços e indústria.

Nuno Roque, director-geral da APIRAC, destaca que «hoje em dia não há forma de olharmos para a vida humana, tal como a conhecemos, sem a Refrigeração e a Climatização. Falamos de quase tudo o que é essencial: de alimentação, de saúde, da qualidade do ar que respiramos e do conforto com que vivemos e trabalhamos», clarifica.

A incapacidade de resposta ao mercado por falta de recursos constitui um contra-ciclo à tendência de adopção de tecnologia cada vez mais eficiente e sustentável. Do lado das empresas representadas pela APIRAC, a reação vai acontecendo com qualificação crescente e permanente, numa cadeia de valor que abarca o fabrico, importação, distribuição, instalação, manutenção e assistência técnica.

«A retenção dos trabalhadores e a absorção de toda a procura de trabalho vai sendo conseguida com salários acima da média nacional, permitindo algum ‘espaço de respiração’ ao sector. Contudo, o grande desafio está na inexistência de uma estratégia nacional que, logo à partida, apoie a sensibilização dos jovens (a partir do 9º ano de escolaridade) para a oportunidade profissional que a indústria térmica representa», conclui Nuno Roque.

A celebrar este ano 50 anos de actividade, a APIRAC reúne empresas de toda a fileira energética, tendo na qualificação empresarial e profissional, no suporte e divulgação técnica, na produção normativa e no apoio jurídico, algumas das suas áreas de intervenção mais relevantes.

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