A “cultura come a estratégia ao pequeno-almoço” ou já saiu do menu?

Há quem defenda que, se a cultura está a “perder força” nas organizações, isso nada tem a ver com os novos modelos e trabalho. Por outro lado, há quem afirme convictamente que a cultura tem de ser vivida, e isso não pode ser feito de forma remota. Consensual é que a célebre frase do guru da gestão Peter Drucker continua a ser verdade: “Culture eats strategy for breakfast”.

Por Ana Leonor Martins | Fotos Nuno Carrancho

 

Cultura pode ser definida como um conjunto de valores e normas que orientam o comportamento numa organização. É o seu ADN. Existe sempre, seja boa ou má. E, num mercado de trabalho altamente concorrencial, onde os salários, benefícios e práticas podem ser facilmente replicados, a cultura será o que distingue as empresas. Mas, pode mudar? Concorda-se que é difícil, é algo que tem de ser promovido, mas poderá, sim, mudar. Evoluir. Tal como as pessoas. Ainda que não seja circunstancial, como o clima organizacional, que tem mais directamente a ver com as pessoas – nomeadamente as lideranças – e com a ligação que têm umas com as outras. Por outro lado, uma cultura forte não depende de ser “dar tudo” ou corresponder a todas as expectativas dos profissionais. Até porque, não obstante ser positivo haver uma visão aspiracional, não se pode perder o foco na realidade. Nem comprometer a estratégia do negócio. Se o custo for “perder uma pessoa” que não compreende isso, será sempre menor do que se, por exemplo, ceder em relação a uns, for pôr em causa a motivação de outros.

O almoço do Conselho Editorial realizou-se no Hotel Vila Galé Collection – Palácio dos Arcos, em Paço de Arcos, e contou com a presença de: Fernando Neves de Almeida (Boyden), Francisco Viana (CGD), José Luís Carvalho (CUF), Maria Kol (Microsoft), Mariana Canto e Castro (Randstad), Nuno Ferreira Morgado (PLMJ), Nuno Ribeiro Ferreira (Floene), Pedro Fontes Falcão (Iscte Executive Education) e Susana Silva (El Corte Inglés).

 

Almoço do Conselho Editorial da Human Resources, artigo publicado n.º 166, de Outubro de 2024

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