A importância da Formação!

Por Ricardo Florêncio
ricardo.florencio@multipublicacoes.pt

Nesta edição de Janeiro, temos como artigo de capa a reportagem da 14.ª Conferência da Human Resources, que se realizou no passado dia 21 de Novembro, no Museu do Oriente, com o tema “PEOPLE 4.0”. Nesta Conferência foi apontado um conjunto de tendências para 2018. E um dos temas mais focados foi a ascensão da guerra pelos talentos, da guerra pelas Pessoas. E conforme referi anteriormente, «as pessoas com talento nas nossas empresas e organizações são todas aquelas que são essenciais e imprescindíveis para o desenvolvimento das nossas operações e do nosso sucesso». E aqui entra em acção uma das áreas com maior importância dentro da esfera dos Recursos Humanos, que muitas vezes é descurada: a Formação! Não é surpresa que muitas empresas ainda encaram a Formação como uma acção obrigatória, de cumprimento da lei, ou de directrizes internas, e que o fazem com programas totalmente formatados. E depois ainda se admiram que muitos dos formandos saiam desses programas com ar enfadado e a sentirem que não serviu para absolutamente nada, mas apenas para se colocar um certo num dos itens requeridos… Falemos assim dos casos, e são muitos, que se conhecem da verdadeira formação. E essa passa desde logo por um profundo e contínuo diagnóstico do que realmente a empresa necessita num futuro próximo. De que capacidades, características, skills, conhecimentos, experiências, “profiles”. O passo seguinte passa por ter um conhecimento aprofundado da matéria-prima que têm na sua organização, de quem poderá ser capacitado ou mesmo reconvertido.

Ter “sangue novo” na empresa é sempre bom, pois traz outras ideias, outras visões, outras formas de analisar as questões e outro tipo de soluções. Desperdiçar todo o conhecimento e experiência que se tem in-house é uma perfeita idiotice!

Editorial publicado na revista Human Resources n.º 87 de Janeiro de 2018