A inteligência emocional é uma competência cada vez mais valorizada a nível profissional. Saiba como a desenvolver

Inteligência emocional é um conceito da psicologia que caracteriza o indivíduo que é capaz de identificar os seus sentimentos e as suas emoções com mais facilidade.

 

Para que alguém seja bem-sucedido é necessária uma boa dose de dedicação, esforço e disciplina. Se desenvolver a sua inteligência emocional (IE) não só vai ajudar nos processos intelectuais, comos em todos os aspectos da vida. Saber como agir em momentos de dificuldade e melhorar os relacionamentos interpessoais depende de como os pensamentos, os sentimentos e as atitudes são geridas. Esta é uma skill que pode ser desenvolvida ao longo da vida. Contudo, para que a inteligência emocional seja desenvolvida, é preciso adquirir conhecimentos específicos sobre si e sobre os que rodeiam.

É possível lidar com as pessoas e as suas emoções, assim como compreender os próprios sentimentos, através do desenvolvimento de certas skills.

Diferente do quociente de inteligência (QI), a inteligência emocional não trata de conhecimentos de cunho intelectual, científico ou académico, mas de saber reconhecer e lidar com sentimentos e emoções, com vista ao desenvolvimento pessoal e profissional.

Quando bem trabalhada favorece o bom relacionamento entre as pessoas, permitindo um maior entendimento nas relações pessoais, e a melhor interação (e comunicação) no trabalho. Além disso, a IE influencia, de forma positiva, a saúde física e mental, prevenindo transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão, bem como distúrbios psicossomáticos.

Como desenvolver a inteligência emocional
No trabalho, na escola, na faculdade, em casa ou em qualquer ambiente, é preciso lidar frequentemente com as pessoas, as suas culturas, as suas diferentes formas de pensar, as suas atitudes etc. A inteligência emocional pode ser desenvolvida nas diferentes áreas da vida, no entanto, para o fazer é preciso tomar consciência de si e saber lidar com as adversidades da melhor maneira possível.

1. Observe e analise o seu próprio comportamento
Avalie-se duplamente: a observação deve acontecer quando as situações se colocarem, independentemente de serem boas ou más. Observe quais são as reações da mente e do corpo, além das sensações e dos pensamentos que foram instigados. Num segundo momento, a análise deve acontecer depois da chegada dos sentimentos (sejam eles positivos ou negativos). Tente descobrir o que desencadeou essas reações físicas e mentais. A IE existe na avaliação das atitudes e das sensações e no entendimento de como elas impactam o quotidiano e as relações. Isso proporciona uma mudança quando há a percepção de que os resultados foram negativos.

2. Domine as suas emoções
Existem pessoas mais enérgicas e outras mais tranquilas. Mas ninguém está livre de cometer actos precipitados. Agir sem pensar é natural no ser humano, pois isso serve como forma de defesa, sendo que essa forma de reacção está gravada no nosso subconsciente. Mas a impulsividade não é uma boa aliada na maioria das situações. O ideal é dominar os impulsos e as emoções antes de tomar decisões ou dizer alguma coisa. Exercícios que podem ajudar:
respiração;
meditação;
caminhada;
corrida;
pilates;
prática regular de atividades físicas no geral.

3. Aprenda a trabalhar as emoções negativas
Para garantir o bem-estar próprio é necessário manter as emoções que nos afligem sob controle. Lidar com emoções negativas é um mal inevitável. Mas quando elas nos atingem de forma intensa e permanecem no nosso interior por muito tempo, acabam com a nossa estabilidade. Quando as emoções negativas como raiva, medo, insegurança e tristeza  aparecem, é preciso dominá-las não permitindo que nos controlem.

4. Aumente a sua autoconfiança
Saber o que deseja, definir até onde se quer chegar e alcançar os seus objectivos nem sempre são etapas fáceis. É preciso reconhecer os pontos fracos e fortes, trabalhando para modificá-los ou melhorá-los. Um desafio só pode ser vencido através da autoconfiança. Acredite no seu potencial e nas suas habilidades, fortaleça a ideia de que você tem a capacidade necessária para gerir os momentos de crise e superar as dificuldades. Acreditar em si e fazer sobressair as suas qualidades e seus talentos são acções que funcionam como combustível para alavancar carreiras e melhorar a qualidade de vida.

5. Aprenda a lidar com a pressão
Aprenda a priorizar o que é mais importante, assim não sucumbe às exigências ou deixa que a ansiedade domine a situação. Elabore uma lista com os afazeres, elencando os mais e os menos urgentes. Quanto mais a inteligência emocional for aprimorada, mais confortável e seguro o indivíduo se sentirá para resolver os seus problemas.

6. Não tenha medo de se expressar
Não deixar a emoção dominar a situação não é o mesmo que não demonstrá-la. Expor o que sente e expressar a sua opinião é fundamental para manter o equilíbrio. Falar é o caminho mais seguro para entender e trabalhar as impressões internas. Através do diálogo, esclarecemos pontos de vista e debatemos sobre questões complexas para que possamos resolvê-las.

7. Desenvolva o sentimento de empatia
Há algo em comum entre os maiores líderes do mundo: a empatia. Geralmente, pessoas que ocupam esses postos e são bem-sucedidas preocupam-se com suas equipas de forma genuína. Nada melhor para compreender o outro do que colocar-se na pele dele, o que ajuda a pessoa a entender as suas atitudes e a ser mais tolerante e compreensiva. O respeito mútuo surgirá naturalmente.

8. Coloque em prática a resiliência
Situações difíceis podem surgir na vida de qualquer um. O que diferencia as pessoas é como elas reagem a esses acontecimentos. A resiliência está em receber os impactos da rotina e ter a capacidade de absorvê-los, mantendo-se firme e focado, aprendendo com os próprios erros e lidando, de maneira inteligente, com os factos.

9. Formule uma “resposta” em vez de “reagir”
Os seres humanos são guiados por dois cérebros: o emocional e o pensante. O cérebro emocional é o primeiro a ser afectado pelos acontecimentos. Sendo assim, a pessoa que reage é aquela que se deixa levar inconscientemente pelo seu lado emocional e impulsivo. Já o cérebro pensante é responsável pelo acto de responder. Em vez de agir por instinto, quem se deixa levar pelo cérebro pensante analisa a situação e depois decide.

10. Conheça os seus limites
Os limites são descobertos à medida que se avança no autoconhecimento. Além de ter a certeza de quais são os seus defeitos e as suas qualidades, reconheça que tem limites. Todos temos pontos fracos e isso é mais do que normal. Somos seres dotados de sentimentos e erramos muitas vezes, mas também estamos em constante aprendizagem. Reconheça os seus limites e aceite que, tal como os outros, não é perfeito.

 

 

 

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