A reputação na cultura das organizações
A reputação e o impacto na cultura de uma organização foi o foco da mesa-redonda da VIII Conferência Human Resources Portugal.
A reputação e o impacto na cultura de uma organização foi o foco da mesa-redonda da VIII Conferência Human Resources Portugal. Com moderação de Pedro Raposo, director de Recursos Humanos do Novo Banco, Cristina Viegas, directora Comercial e de Marketing da RTP, Maria Manuel Seabra da Costa, lead director Human Capital Advisory da PwC e Ricardo Peres, director de Recursos Humanos e de Comunicação Interna da Central de Cervejas debateram o tema.
Qual o verdadeiro impacto da Reputação na Cultura Empresarial de uma organização? Como se gere ao nível da Gestão de Pessoas? Qual o papel da Comunicação? A resposta a estes temas vai dar à mesma questão: a liderança. Sobre líderes carismáticos que criam reputação, Maria Manuel Seabra da Costa constata que «culturas especialmente hierárquicas que tendem a idolatrar os seus líderes têm a reputação muito ancorada nessas figuras.»
«A reputação é o resultado da gestão de expectativas de quem se relaciona com a organização», considera o quadro da PwC. «Na relação que tenho com os outros, nasce também a minha reputação», constata Maria Manuel Seabra da Costa, recusando a separação da postura profissional e da pessoal.
Sobre a construção de uma reputação nas organizações, Cristina Viegas que «é possível mudar a cultura da empresa, mas exige tempo». «Começa pelo CEO, que tem de dar o exemplo. A organização tem que estar toda integrada, mas não se consegue mudar de um dia para o outro».
Ricardo Peres, director de Recursos Humanos e de Comunicação Interna da Central de Cervejas, distinguiu os CEOs da reputação das empresas: «O que os líderes fazem é construir o ADN interno. Acabam por ser as marcas que “engolem” os líderes.»
Sobre a sua experiência na Central de Cervejas, Ricardo Peres assume que, relativamente a eventuais candidatos a trabalhar na produtora de bebidas, a reputação das empresas onde colaboraram previamente é secundária. «Não ligo a empresas quando recruto, nem a universidades. A atitude, a postura é o mais importante nos candidatos que analiso».