A Última Impressão

Por Pedro Rocha e Silva, CEO da Neves de Almeida HR Consulting

Ouvimos dizer muitas vezes que não há uma 2ª oportunidade para causar uma boa 1ª impressão.

Se isso é verdade em inúmeros contextos da nossa vida pessoal e profissional, é ainda mais evidente em processos de recrutamento, onde esse primeiro impacto assume particular relevância, sendo muitas vezes decisivo, até porque a falta de uma boa 1ª impressão pode colocar em causa a existência de mais oportunidades.

A preocupação com esse impacto inicial e com os momentos da verdade é algo que todos devem ter em conta e é algo que pode e deve ser treinado do ponto de vista comunicacional.

Ouvimos também frequentemente dizer que a última impressão é a que fica.

Tão verdade!

No mercado de emprego e nomeadamente em processos de Executive Search assume uma preponderância igual ou maior que a 1ª impressão.

Encontramo-nos numa fase em que se perspetiva uma forte movimentação no mercado de executivos, na sequência de um período pandémico que tem vindo a deixar marcas na gestão de topo das empresas.

A forte pressão pelos resultados e sustentabilidade dos negócios, a elevada cadência a que se tomam decisões difíceis e a redução dos níveis de tolerância vieram desafiar claramente as relações e criar clivagens que terão impacto no futuro.

Nestes contextos, a vontade de procurar novos desafios alastra-se e o desgaste acumulado leva que por vezes se tomem decisões precipitadas e se adotem comportamentos e atitudes menos ajustadas.

A vontade de abandonar é tanta que se desvaloriza a forma como se prepara e concretiza esse abandono.

Julga-se que é apenas um final de uma etapa e que tudo fica para trás. Mas não fica!

A última impressão que deixamos na empresa que abandonamos na procura de um novo desafio vai-nos acompanhar ao longo da nossa carreira, pelo menos nos anos mais próximos.

A recolha de referências é uma componente fundamental na atividade de Executive Search e qualquer má referência obtida junto dos últimos empregadores pode ser, como se costuma dizer, a “morte do artista”. Para o evitar, nada como causar sempre uma excelente impressão e nomeadamente garantir uma ótima última impressão. Via verde para o sucesso!

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