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Abrantes vai ter uma Zona Livre Tecnológica para atrair empresas
A portaria que define a delimitação geográfica da Zona Livre Tecnológica (ZLT) de Abrantes, publicada esta semana em Diário da República e que abrange três zonas estratégicas, representa um «polo extraordinário de atracção» de empresas, destacou o município.
«É mais uma resposta concreta aos impactos económicos e sociais que surgiram pelo encerramento da central termoeléctrica a carvão do Pego, promovendo o desenvolvimento sustentável e a criação de emprego qualificado, essenciais para construir novas oportunidades para o futuro de Abrantes e da nossa região», disse o presidente da Câmara Municipal de Abrantes, no distrito de Santarém.
Em comunicado, Manuel Jorge Valamatos sublinha ainda que «Abrantes passa a dispor de um polo extraordinário de atracção para empresas nacionais e internacionais, reforçando o posicionamento do Médio Tejo como um território de referência no sector das energias renováveis».
A Zona Livre Tecnológica de Abrantes é uma das medidas que tem como objectivo mitigar os impactos do encerramento da central termoeléctrica a carvão do Pego, em Novembro de 2021, e criar novas oportunidades para o Médio Tejo.
A publicação na passada terça-feira, 4 de Fevereiro, em Diário da República, da portaria que define a delimitação geográfica da Zona Livre Tecnológica (ZLT) de Abrantes, em três áreas, resulta da proposta conjunta apresentada pela Câmara Municipal de Abrantes e pela Direcção-Geral de Energia e Geologia, em colaboração com a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo.
Centrada nas energias renováveis, a ZLT de Abrantes abrange três zonas estratégicas, em localizações que o município detalha, na nota informativa.
«Uma localizada no Tagusvalley – Parque de Ciência e Tecnologia, orientada para a inovação tecnológica; outra na zona norte do concelho, coincidente com a Zona de Intervenção Florestal (ZIF) de Aldeia do Mato, dedicada à valorização da biomassa e reordenamento florestal; e uma terceira que cobre toda a zona sul do concelho, com exceção da área de servidão militar de Santa Margarida», e com um «papel central no desenvolvimento de projectos de transição energética», incluindo o antigo perímetro da Central do Pego, pode ler-se.
O município salienta que, no âmbito do Fundo de Transição Justa (FTJ), será submetida uma candidatura de apoio à construção da futura Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), que se instalará no Tagusvalley – Parque de Ciência e Tecnologia.
«Este investimento, na ordem dos 6,5 milhões de euros (ME), será concretizado como reforço do ecossistema de inovação e empreendedorismo existente, lado a lado com organizações, empresas e ensino superior que impulsionam a competitividade económica regional», indica.
Na prática, estas zonas têm como objectivo «promover o estabelecimento de projectos de investigação, desenvolvimento e inovação para a produção, armazenamento e autoconsumo de energia elétrica a partir de energias renováveis, bem como de outros vetores energéticos renováveis, como a biomassa».
A ZLT de Abrantes, salienta o município, «integra-se no processo de transição justa em curso, na sequência do encerramento da central termoeléctrica a carvão do Pego, em 2021, pretendendo contribuir para a diversificação, modernização e reconversão da economia da região».
Em 2022 a Endesa venceu o concurso para atribuição do ponto de injecção da central do Pego, que instalará em Abrantes um novo projeto de energias renováveis – solar, eólica e hidrogénio verde, num investimento de 700 ME, enquanto o Fundo de Transição Justa (FTJ) dispõe de 65 milhões de euros para apoiar projectos na região do Médio Tejo, no âmbito do encerramento da central a carvão do Pego.