Atenção: estas são as respostas que os recrutadores não gostam mesmo nada de ouvir numa entrevista!
Conseguir o “sim” do recrutador num processo de selecção é o desejo de milhões de profissionais. Mas conseguir isso, principalmente em tempos de altos índices de desemprego, não é uma tarefa fácil.
Entre as lições necessárias para passar numa entrevista é importante treinar as respostas para as possíveis perguntas que o recrutador pode fazer.
Algumas respostas e frases que devem ser evitadas durante a entrevista:
- “Sim”, “não”, “é”, “talvez” ou “aham”…
As frases monossilábicas podem significar que você quer estar em qualquer outro lugar naquele momento, menos na entrevista de emprego. Opte por usar frases elaboradas sem perder a objectividade. - “Tenho flexibilidade de horário, mas depende do salário”
Aguarde que o assunto financeiro surja e não coloque uma condição atrelada a uma resposta. - “Tipo assim, estou muito afim deste emprego”
Esta é uma conversa formal. O entrevistador não é seu amigo, logo, não é bom utilizar gíria neste momento. Use ponderadamente apenas se o recrutador também usar gíria na sua comunicação. - “Eu devo ser contratado pois estou há mais de um ano desempregado e preciso muito de um emprego”
O factor emocional, normalmente, não é considerado por recrutadores experientes. Na entrevista deixe o desabafo de fora e foque-se naquilo que o distingue, na sua força de vontade e no quanto você deseja aquela oportunidade. - “Daqui a cinco anos quero ter ganhado a lotaria e viver de rendimentos”
Fazer piadas na entrevista não é bom. Sentido de humor é óptimo e ajuda muito, mas de mãos dadas com o bom senso. - “Não, eu não gosto de trabalhar em equipa, mas é necessário, certo?”
Sim, você deve ser verdadeiro na entrevista, mas cuidado para não ser vítima do ‘sincericídio’. Dizer que não gosta de trabalhar em equipa, por exemplo, demonstra falta de skills sociais e de relacionamento em grupo. - “Estou à procura de um novo emprego pois detesto o meu chefe actual”
Falar mal de antigos empregadores ou das empresas onde já trabalhou mancha a sua imagem. A ideia passada é: se ele fala mal da empresa actual, falará mal da minha também. - “O meu lema é: se quer bem feito, faça você mesmo”
Seja modesto, evite jargões batidos e demonstre que não é um profissional centralizador. - “Referências minhas? O meu chefe ama-me!”
Se tem um bom relacionamento com o seu antigo empregador, diga que ele vai poder atestar o quanto você era um bom profissional, capaz e comprometido. - “Onde posso melhorar? Sou muito perfeccionista”
Uma boa dica é pensar em algo que seja mesmo o seu ponto fraco, mas que não é essencial para desenvolver o seu trabalho. Procure também emendar a sua resposta com alguma alternativa que possa tomar para solucionar este defeito. - “Isso não é da sua conta”! (ou algo parecido)
Algumas perguntas pessoais podem surgir na conversa. Esteja aberto para responder e se achar muito invasiva, seja breve e recuse-se a responder de forma gentil. - “Essa é uma pergunta difícil” ou “Nem sei por onde começar a responder”
Às vezes uma pergunta pode surgir de surpresa. A melhor dica é treinar as respostas antes de ir para a entrevista. - “Sim, o meu nível de inglês é avançado”. Vamos fazer uma parte da entrevista em inglês, então? – “É… hum…”
Vender no currículo e na entrevista uma característica uma qualificação ou um conhecimento que não possui é um dos piores pecados que se podem cometer no processo seletivo. A verdade virá sempre à tona. - “Desde os seis anos que eu já sabia que queria ser arquitecto. Um dia o meu pai levou-me …” (dar uma grande volta para formular a resposta)
Evite fazer rodeios ou prolongar-se muito para dar uma resposta. Seja objectivo pois assim fica com tempo para detalhar sobre o que realmente interessa. Uma comunicação clara, concisa e directa é essencial. - Falar muito em ‘tecniquês’
Usar uma linguagem muito técnica e cheia de siglas soltas pode afastar o selecionador. Use isso quando passar para a fase seguinte. Saber adaptar-se às diversas fase da seleção é uma jogada muito inteligente.