Aumentos na Função Pública? Costa admite que «pode não haver condições»

Os aumentos para a Função Pública prometidos pelo Governo coincidiram com a pandemia de Covid-19 e correm o risco de não sair do papel. António Costa, vai ouvir opiniões de economistas, nesta terça-feira, para perceber a dimensão do rombo que a pandemia de Covid-19 vai causar na economia portuguesa e para traçar um plano de saída da crise.

 

O primeiro-ministro, António Costa, admitiu esta manhã, em entrevista à rádio “Observador”, que «pode não haver condições», «assim como pode»  «Hoje vou fazer um brainstorming com cerca de 20 economistas para ouvir as suas perspectivas e tenho estado a participar activamente nos debates europeus sobre os mecanismos para o relançamento», disse.

O chefe do Governo irá reunir com os representantes dos organismos que fazem previsões económicas – Instituto Nacional de Estatística, Conselho de Finanças Públicas, Banco de Portugal, ISEG e Católica.

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e a União Geral de Trabalhadores (UGT), contudo, não vão deixar cair essa reivindicação, avançou o “Público” na última semana. De acordo com o jornal, Carlos Silva, da UGT, abre a porta a uma negociação com o Executivo. Já Isabel Camarinha, da CGTP, nem quer pensar na ideia de o Governo não cumprir o aumento de 1% acertado com a Administração Pública para 2021. «É inaceitável que se esteja a pensar manter o não aumento de salários para o público», vincou a secretária-geral da CGTP ao “Público”.

«Tem de se fazer uma negociação em função da realidade do país», disse, sublinhando que é preciso «analisar o impacto económico desta crise e como vai ficar a capacidade do Estado», defendeu, por sua vez, Carlos Silva.

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