Blip: Não é um emprego, é uma forma de estar

Ao vasto leque de benefícios disponibilizados, a Blip adicionou mais um. Com foco no equilíbrio trabalho-família, o “parental choices” permite ao colaborador escolher como desfrutar da melhor maneira «um momento tão ímpar da sua vida». E a oportunidade de escolha, aliada à autonomia e responsabilização de cada um, é a base de toda a estratégia de Gestão de Pessoas.

 

Por Tânia Reis

 

Nasceu no Porto, em 2009, e, desde então, a trajectória foi sempre ascendente. Hoje, a Blip, tecnológica que desenvolve software à medida para web e mobile na área das apostas online, faz parte da multinacional irlandesa Flutter Entertainment Group. Sob o mote “It’s not a job. It’s a way of being and it all starts here”, lançaram em Janeiro mais uma medida em prol do bem-estar dos seus 600 colaboradores.

«O Parental Choices prevê um conjunto de benefícios essenciais para o equilíbrio família-trabalho, oferecendo aos pais uma de três opções à sua escolha: três meses extra de licença parental financiados pela empresa; três complementos financeiros pagos anualmente até aos primeiros três anos do filho ou filha; ou uma combinação das opções anteriores, podendo o colaborador usufruir, por exemplo, de um mês extra de licença e de dois complementos financeiros ou vice-versa», revela Patrícia Carneiro, People director da Blip.

Uma das mais-valias deste benefício é precisamente permitir que os colaboradores possam escolher a opção mais alinhada com as suas necessidades, tal como o facto de ser também elegível para os casos de adopção. «Tem sido muito interessante observar a forma como os colaboradores reagiram quando anunciámos estas medidas, e o feedback dado em relação ao impacto que têm no seu bem- -estar e no das suas famílias», sublinha a responsável.

Desde a sua implementação no início do ano, 22 profissionais já usufruiram deste benefício, existindo «uma ligeira preferência pela opção que permite aos colaboradores ficarem mais tempo em casa com os seus recém-nascidos», ainda que a possibilidade de escolha para desfrutar da melhor forma um momento tão ímpar das vidas de cada um seja o factor mais importante.

Focada em «criar soluções de software inovadoras num ambiente desafiador e empolgante», a Blip aposta numa «cultura de trabalho única», assente em quatro pilares fundamentais, que Patrícia Carneiro destaca: autonomia, diversidade, aprendizagem contínua, e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. «Em cada um deles, tentamos sempre ser inovadores e disruptivos nas práticas implementadas. Mais do que um trabalho, acreditamos que promovemos uma forma de estar.» Mais: além de «apoiarmos todos aqueles que pretendem fazer crescer a sua família, reforçamos as nossas práticas de diversidade e inclusão». A média de idades dos mais de 600 colaboradores é de 31 anos, 90% dos quais alocados à área da tecnologia, juntando-se uma dezena de nacionalidades à portuguesa – em maioria –, que vão desde a australiana à francesa e ucraniana.

Entre os vários benefícios na área do bem-estar disponibilizados, a People director realça o «seguro de saúde para o colaborador e para a família, um período de 30 dias de férias anuais de acordo com a antiguidade, um modelo de trabalho flexível, dois dias por ano para serem utilizados em causas sociais com as quais as pessoas se identifiquem, um programa de apoio aos trabalhadores que oferece assistência psicológica e social, a si e às suas famílias». No escritório, têm igualmente acesso a «uma cozinha equipada, aulas de fitness, estacionamento gratuito, biblioteca e área de leitura, actividades de entretenimento, rooftop com churrasqueira e uma horta biológica que promove o convívio entre todos».

 

WOW – Ways of Working
Um dos principais pilares da estratégia global de sustentabilidade da Blip é o Positive Impact Plan, cujo objectivo é capacitar os colaboradores a trabalhar melhor, desenvolvendo uma cultura de execução de forma ágil e flexível. Nesse sentido, «compreendendo as necessidades pessoais e profissionais de cada um», lançaram, no ano passado, o Ways of Working (WOW), «um programa que promove a flexibilidade do formato de trabalho e no âmbito do qual os colaboradores podem escolher o modo como exercem as suas funções – de casa, no escritório ou híbrido –, sendo-lhes ainda disponibilizado um apoio mensal regular em qualquer das modalidades».

Para além do formato de trabalho flexível, os colaboradores têm também a oportunidade de, através do Take 20, poderem trabalhar até 20 dias úteis por ano fora de Portugal, num país à sua escolha, permitindo que possam desfrutar de um período de trabalho a partir de outra localização geográfica. Implementado em 2021, já foi “usado” por cerca de 40 colaboradores em geografias díspares como Brasil, Dinamarca, Áustria, Hungria, Polónia e Malta, entre outras.

 

Este artigo foi publicado na edição de Agosto (nº. 152) da Human Resources, nas bancas. 

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