BPN: 830 colaboradores devem ficar de fora

A compra do Banco Português de Negócios (BPN) está decidida: a proposta vencedora pertence ao Banco BIC Português. Dos 1580 actuais colaboradores do BPN, apenas 750 lugares vão ser incorporados, ficando o Estado responsável pelos custos com eventuais despedimentos.

“Serão suportados pelo Estado os custos com a eventual cessação dos vínculos laborais dos trabalhadores das agências e/ou centros de empresa que venham a ser encerrados ou reestruturados num prazo máximo de 120 dias após a data de transmissão das acções”, lê-se no comunicado do Ministério das Finanças.

O Banco BIC Português, fundado em 2008, é presidido por Mira Amaral e tem sede em Lisboa, apesar da estrutura accionista ser a mesma do banco BIC angolano:

– Amorim Projectos (do português Américo Amorim): 25% das acções

– Isabel dos Santos (filha do presidente angolano José Eduardo dos Santos): 25%

– Fernando Teles (CEO do BIC Angola): 20%

– Ruagest (holding de António Ruas, empresário e sócio, noutros negócios, de Américo Amorim): 10%

– Accionistas com 5%: Luís Cortez (Soclima), Manuel Pinheiro Fernandes (presidente dos supermercados angolanos Martal) e Sebastião Lavrador (ex-presidente do Banco Nacional de Angola)

– Accionistas sem posições qualificadas: 5%

Para além do banco BIC, também o Montepio Geral, o Núcleo Estratégico de Investidores (NEI) e uma terceira entidade cujo nome não foi revelado estavam na corrida para a aquisição do BPN.

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