“Como a revolução digital influencia o ambiente de trabalho nas empresas”

Este foi o tema da mesa-redonda, composto por Ana Porfírio, directora de Recursos Humanos da Jaba Recordati; Carlos Rodrigues, director de Recursos Humanos da Samsung; Joana Queiroz Ribeiro, directora de Pessoas e Organização da Fidelidade; e Nuno Miller, head of Design na BIT da Sonae MC e head of IT na Worten; com a moderação de Tiago Brandão, director de Recursos Humanos da Unicer.

 

Carlos Rodrigues partilhou a experiência na Samsung. «Uma empresa catalisadora deste movimento da revolução digital. Nós próprios estamos numa fase de transformação interna. Em 2016 anunciamos a intenção de nos posicionarmos com uma cultura startup. Uma ideia possivelmente paradoxalmente, uma vez que somos uma empresa de 300 mil colaboradores espalhados no mundo. Tivemos por isso de passar de uma inovação incremental para uma inovação disruptiva, onde tudo começa nas pessoas. Temos inclusivamente uma Creative Lab para os colaboradores (…)».

Nuno Miller, não sendo um profissional de Recursos Humanos, tem experiência em gerir pessoas e contactado com novas realidades, o que lhe dá uma perspectiva de como se consegue incutir um espírito startup num Grupo como a Sonae. Integrou a BIT há cerca de dois anos, que tem vindo a protagonizar uma grande transformação da sua génese, em linha com as necessidades actuais, nomeadamente a instalação num novo edifício, onde ninguém tem lugar fixo. O responsável frisa ainda que grande parte do potencial das novas gerações vem do facto de coexistirem com outras gerações e que a reconversão de profissionais é onde área onde tem que se estar muito activo.

Joana Queiroz Ribeiro salientou que o objectivo é pôr o Digital ao serviço do negócio, com o cliente no centro. O que significa que então este papel é de todos dentro da organização, inclusive dos parceiros, que podem trazer novas tendências desta transformação digital. Falou ainda dos desafios do sector segurador, que passam pela personalização do serviço prestado. E reitera a ideia que a diferença vai estar nas pessoas. «Neste momento de transformação, não nos podemos esquecer que é o momento para envolver as nossas pessoas», afirma.

O caso de Ana Porfírio é diferente vem de uma empresa altamente regulada com uma componente comercial muito grande. «Toda a nossa experiência está longe de ter a robótica e a inteligência artificial no seu auge. Mas munimo-nos das ferramentas necessárias, entendemos que as nossas pessoas têm de ser acompanhadas e estimuladas para esta nova forma de trabalho. Estamos a preparar uma pós-graduação à medida sobre “Marketing Digital”. A Jaba Recordati é uma empresa com uma demografia particular, com uma média etária de 43 anos, a maioria pode pensar que é uma dor de cabeça mas todos trabalham no digital».

Tiago Brandão sumarizou os temas principais do painel: «achatamos a organização; desestruturamos espaços e trabalho; a Comunicação está mais direcional; aumento de ferramentas; aculturamos as estratégias de desenvolvimento das pessoas; e remata com o anacrónico DIGITAL: Diversidade, Inspiração, Gestão, Informação, Talento, Agilidade e Liderança».

 

Acompanhe a reportagem do que se passou na íntegra na edição de Abril da revista Human Resources.

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