Como vai a saúde dos seus RH? 10 KPIs a ter em atenção

Vamos directos ao ponto: costuma fazer check-ups periódicos à sua gestão de Recursos Humanos? E como monitoriza o seu desempenho? Seja qual for a resposta, provavelmente, é altura de rever a forma como o faz, seja para fazê-lo de forma mais rigorosa, seja para assegurar a melhoria contínua.

Por Josep María Raventós, director executivo SMB&CPA na Cegid em Portugal e África

 

Os indicadores-chave, ou Key Performance Indicators (KPIs) em inglês, permitem, de forma objectiva e quantificável, compreender o desempenho de uma organização. Partilho uma lista de 10 KPIs que vale a pena ter em atenção:

  1. Conhecer o nível de maturidade digital da organização: muna-se de ferramentas adequadas, como a do Portugal Digital e saiba mais sobre a maturidade digital da sua organização, em temas como: estratégia e inovação, capital e finanças, cibersegurança e privacidade, processos e operações, parcerias, relacionamento com o cliente, confiança e segurança, gestão da informação e, claro, pessoas e trabalho.
  2. Acelerar a transformação digital dos processamentos salariais: a consultora IDC prevê que a transformação digital, em 2024, represente mais de 55% do investimento total em TIC. Qual o grau de satisfação da sua equipa de RH com a actual solução tecnológica de gestão de salários?
  3. Colaboração entre RH e TI: os gestores de Recursos Humanos e os especialistas em Tecnologias de Informação podem ser os maiores aliados. Quantas reuniões por mês ou por ano realizam as áreas de RH e TI em conjunto, para partilha de informação de interesse comum?
  4. Focar-se na retenção dos funcionários: 97% dos trabalhadores em Portugal, segundo o relatório “Talent Trends 2023“ da Michael Page estão abertos a novas oportunidades, e 59% das pessoas estão activamente à procura ou planeiam procurar nos próximos seis meses. Contratar sai mais caro do que reter. Qual a sua taxa de turnover?
  5. Optimizar os CV e a gestão das competências: a colocação das competências dos colaboradores e a alocação de pessoas com base num modelo de partilha de informação são o futuro. Quais as competências mais abundantes ou escassas na sua organização? Onde pode um gestor procurar saber de que competências dispõe para um projecto?
  6. Trabalhar a Employee Value Proposition e a Responsabilidade Social Corporativa: dois temas que dão propósito à organização e ao contributo do colaborador. Qual o valor percebido dos benefícios financeiros e não financeiros na sua organização? Que acções de responsabilidade social tem desenvolvido e qual a adesão/opinião dos seus colaboradores?
  7. Apresentar novas fórmulas na periodicidade do salário: as soluções tecnológicas de processamento salarial permitem várias configurações, da semanal à quinzenal e à mensal, com adiantamentos de parcelas de salário, para fazer face a emergências e prevenir o endividamento. Já testou?
  8. Minimizar os erros de pagamento: atrasos, falhas de cálculo, entre outros, são coisa do passado. Qual a taxa anual de erros no processamento salarial da sua organização?
  9. Reconsiderar uma remuneração intangível: de formação de alto valor acrescentado, passando por dias de férias extra, actividades lúdicas, valências de conjugação entre a vida pessoal e profissional, entre outras. A selecção é vasta. Na sua organização existem?
  10. Dotar o processamento salarial de uma maior transparência: os seus colaboradores sabem quais as componentes fixas e variáveis e a sua composição? Quantas questões anuais surgem sobre o tema? Há algum conteúdo a que possam recorrer? Mais uma vez, as plataformas digitais podem ser boas aliadas.

 

A lista é longa, mas tem um único objectivo: estimular a reflexão. Uma pesquisa mais demorada sobre as opções do mercado pode revelar agradáveis surpresas. A saúde dos RH da sua organização agradece.

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