Confederações europeias apelam à presidência portuguesa da União Europeia para apoiar a recuperação das empresas

O conselho de presidentes da BusinessEurope reuniu hoje por videoconferência, a convite do presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva. Os presidentes e directores-gerais das 40 federações nacionais membros trocaram impressões com o secretário de Estado da Internacionalização, de Portugal, Eurico Brilhante Dias, sobre as prioridades da futura presidência portuguesa da União Europeia (UE).

 

O presidente da BusinessEurope, Pierre Gattaz disse que «para construir uma União Europeia resiliente, social, digital, verde e global, são necessárias empresas competitivas. As nossas empresas estão a fazer tudo o que podem para sobreviver e salvar empregos durante esta crise sem precedentes. Precisam de apoio financeiro e não-financeiro. É mais importante do que nunca evitar a imposição de novos custos e obrigações que prejudiquem a sua recuperação.

«E instamos todos os Estados-membros a adotarem o pacote de recuperação europeu sem demora. Não é hora de jogos políticos. É hora de cumprir o compromisso encontrado para o bem comum de todos os Estados-membros. Garantir que os requisitos básicos do Estado de Direito são respeitados é necessário para o bom funcionamento das economias de mercado e é do interesse de todos os Estados-membros, concluiu».

Já o presidente da CIP, António Saraiva, referiu que «um acordo sobre o Quadro Financeiro Plurianual e o UE Next Generation é a principal prioridade. Os fundos da União Europeia devem ser canalizados para a economia real sem mais atrasos. Os nossos principais concorrentes estão a fazer todos os esforços possíveis para apoiar as suas economias. É hora de finalizar o acordo, a UE não pode correr o risco de ficar para trás.»

E acrescentou «por outro lado, os Estados-membros devem estar preparados para tirar o máximo partido destas oportunidades. Os Planos Nacionais de Recuperação e Resiliência devem concentrar-se em projectos que possam fortalecer as capacidades estruturais e reforçar a competitividade a médio e longo prazo. O envolvimento dos parceiros sociais nacionais será fundamental para garantir o seu sucesso.»

«A CIP concorda com os objectivos gerais da presidência portuguesa. Durante esta reunião do COPRES, partilhámos pontos de vista com o primeiro-ministro António Costa sobre como os atingir. Não devemos fugir a uma agenda ambiciosa a nível europeu. Mas essa ambição deve ser coadunada com a realidade. Somente com empresas robustas seremos capazes de alcançar uma recuperação sustentável e inclusiva.»

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