Conselho Editorial: Afinal, qual o papel dos Gestores de Pessoas?
Enquanto uns garantem que os directores de Recursos Humanos têm um papel estratégico nas empresas, outros lembram que não é essa a realidade na maioria das organizações em Portugal, sobretudo de pequena e média dimensão que, quando têm gestores de pessoas, estão soterrados em processos administrativos e financeiros.
«Um bom indicador para aferir a relevância da área de Gestão de Pessoas numa empresa é perceber quantos temas na agenda da Comissão Executiva são de Recursos Humanos », defendeu-se no habitual almoço mensal dos conselheiros da Human Resources. «Muitas vezes é o CEO que define a função do director de Recursos Humanos, mas os gestores de Pessoas também têm de arriscar, deixar de se “esconder”, assumir o seu propósito e reclamar outro “protagonismo”», afirmou-se.
Se é unânime que a relevância da função evoluiu, a questão é se evoluiu o que devia. Há quem considere que, na maioria das empresas, ainda não é vista como uma função estratégica para o negócio. Por outro lado, com os novos modelos de trabalho, mais horizontais e com maior empowerment dos managers, a função não se esvazia? Ou é isso que vai fazer com que possam centrar-se no que realmente faz a diferença? E já na edição número um da Human Resources, há cerca de nove anos, se questionava porque é que os directores de Recursos Humanos não chegavam ao topo.
No almoço realizado no Restaurante Il Gattopardo, no Hotel Dom Pedro, em Lisboa, estiveram presentes os conselheiros: Anabela Silva (BP), Catarina Horta (Novo Banco), Catarina Tendeiro (Grupo Ageas), Clara Trindade (L’Oréal), Diogo Alarcão (Mercer), Elsa Carvalho (REN), Fernando Neves de Almeida (Boyden), Inês Veloso (Randstad), João Antunes (TIMwe), Nuno Ferreira Morgado (PLMJ), Paulo Pisano (Galp), Pedro Fontes Falcão (INDEG-ISCTE), Pedro Ribeiro (Super Bock Group), Teresa Cópio (Dom Pedro Hotels) e Teresa Nascimento (Deloitte).
Artigo publicado na Revista Human Resources n.º 101 de Abril de 2019.