Conselho Editorial: Está a liderança a perder importância?

Que as estruturas hierarquizadas estão a perder terreno para organizações mais matriciais e fluídas parece evidente. Com a nova forma de estar, e de trabalhar, das novas gerações, cada vez mais motivadas por projectos, cada um com um responsável diferente, ou até sem necessidade de haver “quem mande”, que papel têm actualmente os líderes nas organizações?

 

Importa aqui fazer uma distinção entre chefe e líder. Até porque assumir responsabilidades de chefia nem sempre significa ter competências de liderança. Os chefes, numa definição mais tradicional do termo, são individualistas e limitam-se a dar ordens, porque têm o poder para tal, enquanto um líder inspira, dá o exemplo, fomenta o espírito de equipa. E, nesta acepção, podem existir diversos líderes, que não somente os que têm cargos de direcção. Para conseguir competir num contexto de mudança cada vez mais acelerada, as organizações têm de ser ágeis, adaptando formas de trabalho e de liderança. E os gestores que continuem a ser chefes em vez de líderes, esses sim, deverão perder relevância. Numa visão mais global, levantou- se a questão: será que Portugal tem líderes, actuais, de referência?

Nesta rentrée pós-férias, fechou-se também o programa da XVIII Conferência Human Resoures, que se realiza já dia 24 de Outubro, no Museu do Oriente, em Lisboa, tendo como tema o “Propósito”.

Em mais um almoço do Conselho Editorial da Human Resources, no restaurante Il Gattopardo, do Hotel Dom Pedro (Lisboa), estiveram presentes: António Henriques (Grupo CH), Catarina Tendeiro (Grupo Ageas), Fernando Neves de Almeida (Boyden), João Zúquete da Silva (Altice), Paula Carneiro (EDP), Paulo Pisano (Galp), Pedro Raposo (Banco de Portugal) e Vanda de Jesus (Microsoft).

Artigo publicado na Revista Human Resources n.º 105 de Setembro de 2019.

Ler Mais