Criação de empresas aumentou 6,3% até Junho. E este pode ser o melhor ano de sempre na criação de empresas
No primeiro semestre do ano foram criadas 27 385 novas empresas em Portugal, o que corresponde a um crescimento de 6,3% (+ 1625 empresas) face ao período homólogo de 2022. Para além do crescimento face a 2022, o segundo melhor ano de sempre, estes valores estão apenas a 0,6% do registo do primeiro semestre de 2019, que foi o melhor ano de sempre no que toca à criação de empresas. Os dados são do mais recente barómetro da Informa D&B.
O sector dos Transportes mantém-se em destaque, representando 12% do total das constituições de empresas no semestre, mais cinco pontos percentuais (p.p.) do que em 2022. Construção, Alojamento e restauração, Grossista, Serviços gerais e Energias e ambiente foram os outros sectores que registaram mais constituições de empresas entre Janeiro e Junho deste ano do que no mesmo período do ano passado.
O barómetro da Informa D&B mostra que entre os sectores com uma queda na criação de novas empresas, destaca-se as Indústrias, o principal sector exportador nacional, cujo número de constituições no primeiro semestre de 2023 caiu 7,3%, sendo o valor mais baixo de todos os anos quando comparamos o mesmo período.
O crescimento na constituição de empresas no primeiro semestre foi transversal a quase todas as regiões. As ilhas foram as únicas regiões a registarem um número de constituições inferior ao do primeiro semestre do ano passado.
Já as insolvências aumentaram 14% no primeiro semestre do ano, com 962 novos processos de insolvência (+117 que em 2022). Metade dos sectores viram as insolvências crescer neste período, com destaque para a Construção, cujo aumento de 62% (+63 processos de insolvência) representa mais de metade da subida total do semestre.
Em termos absolutos, as Indústrias mantêm-se como o sector com maior número de novos processos de insolvência, com um crescimento de 19% (+31 processos de insolvência) neste indicador face ao período homólogo. A região Norte concentra 44% do total de insolvências do semestre e representa 70% da subida global.
Os encerramentos de empresas, que atingiram valores mínimos em 2020 e 2021 devido à pandemia, estão a subir desde os dois últimos trimestres de 2022. Analisando os últimos 12 meses, mais de metade dos sectores de actividade registam um aumento nos encerramentos face aos 12 meses anteriores.
Entre os sectores com mais encerramentos destacam-se as Actividades Imobiliárias (+102 encerramentos, +9,6%), Tecnologias da Informação e comunicação (+84 encerramentos, + 12,4%), Alojamento e restauração (+62 encerramentos, +4,0%) e Transportes (+42 encerramentos, +6,8%).