Cuidar não é uma obrigação, é um valor. Pratica-o? Responda a estas questões

Por Joana Russinho, People Enthusiast, head of Human Resources e autora de “Eu e os Meus rh

 As horas passadas no trabalho são consideráveis. Podemos manter uma postura profissional perante uma “crise” pessoal, mas somos humanos. E ainda bem. A responsabilidade de cuidar das nossas pessoas não consta do descritivo funcional apenas de funções de chefia, é, antes, um valor que, de acordo com o meu ponto de vista deve ser vivido por todos, como uma tenção de valor acrescentado para todos.

Convite à reflexão:

  1. Onde termina o “não quero ser intrusivo” e começa a “alienação humana nas organizações”?
  2. Sabemos os nomes dos nossos colegas?
  3. Conhecemos pelo menos um dos seus interesses que não envolva trabalho?
  4. Conseguimos almoçar com alguns deles sem uma agenda de action points?
  5. Estamos atentos aos sinais que nos são transmitidos pelas pessoas?
  6. Até quando o “assumir” é mais relevante do que o “questionar”?
  7. Estamos preparados para uma resposta menos ortodoxa como “nem por isso”, à pergunta sobre se o fim de semana foi bem passado”?
  8. Somos genuinos quando nos focamos no bem-estar de quem connosco trabalha?
  9. Praticamos a empatia colocando-nos nos sapatos do outro?
  10. Escutamos, ou ouvimos de acordo com o tempo disponível?
  11. Temos receio que ao ser humanos percamos a legitimidade de uma liderança ganha?

Um dos mais marcantes líderes (com L) que conheci, iniciava o dia com um passeio pela organização. Distribuía os bons-dias a com quem se cruzava, da garagem ao ultimo piso. Por vezes chamava-me no final da “ronda” para me perguntar se eu sabia se a “Alice estaria bem”. Se eu não soubesse, a minha missão seria perceber o que se passava porque “tinha notado algo”.

Certo dia, para grande embaraço da minha parte, admiti não saber por quem me perguntava. Como não sabe? A senhora que está atrás da fotocopiadora do piso 2, respondeu.

Lição aprendida. Não podemos mudar o mundo mas temos a obrigação de estar atentos, todos.

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