![](https://hrportugal.sapo.pt/wp-content/uploads/2020/01/crescimento-pessoas.jpg)
Custo médio por trabalhador aumentou, mas número de horas trabalhadas diminuiu
O Índice do Custo de Trabalho (ICT), que mede os custos do trabalho por hora efectivamente trabalhada, aumentou 8,2% em 2024 face ao ano anterior, acelerando face aos 5,4% de 2023, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
«Em 2024, o ICT aumentou 8,2% (tinha aumentado 5,4% em 2023), a que corresponderam acréscimos de 8,2% nos custos salariais (5,1% em 2023) e 8,1% nos outros custos (6,6% em 2023)», refere o INE em comunicado.
Já o custo médio por trabalhador aumentou 6,4% em 2024 (7,2% em 2023) e o número de horas efectivamente trabalhadas por trabalhador diminuiu 1,6% (aumentou 1,8% em 2023).
O custo do trabalho registou um acréscimo de 8,1% no sector privado da economia (5,0% em 2023) e um aumento de 8,3% (6,1% em 2023) nas actividades que incluem maioritariamente (mas não exclusivamente) actividades na esfera do sector público.
Por sector de actividade económica, o ICT subiu 9,2% na indústria, 8,9% na construção e 7,5% nos serviços, contra 5,1%, 5,2% e 4,9%, respectivamente, em 2023.
Considerando apenas o último trimestre de 2024, o ICT aumentou 9,6% face ao quarto trimestre de 2023, acelerando face à subida homóloga de 8,7% registada no trimestre anterior.
Os custos salariais (por hora efectivamente trabalhada) aumentaram 9,6% (8,7% no trimestre anterior) e os outros custos do trabalho (também por hora efectivamente trabalhada) aumentaram 9,5% (8,6% no trimestre anterior).
Segundo o INE, a evolução homóloga do ICT resultou também da conjugação do acréscimo de 6,0% no custo médio por trabalhador e do decréscimo de 3,3% no número de horas efectivamente trabalhadas por trabalhador.
O acréscimo do custo médio por trabalhador foi transversal a todas as actividades económicas, tendo os aumentos sido maiores na Administração Pública (6,9%) e menores nos serviços (5,1%).
Com excepção da Administração Pública, em que o aumento foi superior, as restantes actividades apresentaram acréscimos menores do que os registados no trimestre anterior.
As horas efectivamente trabalhadas por trabalhador diminuíram em todas as actividades económicas, à semelhança do trimestre anterior, tendo o maior decréscimo acontecido na construção (6,0%) e o menor na Administração Pública (2,5%).
Em resultado destas variações, o ICT aumentou em todas as atividades económicas, tendo o maior acréscimo sido observado na construção (13,4%).
No quarto trimestre de 2024, os custos salariais aumentaram 13,4% na construção, 10,0% na indústria, 9,6% na Administração Pública e 9,0% nos serviços.
Comparativamente ao trimestre anterior, o acréscimo observado neste trimestre foi maior na construção (8,6% no trimestre anterior), nos serviços (7,5%) e na Administração Pública (9,2%) e menor na indústria (10,7%).
Já os custos não salariais registaram aumentos de 13,4% na construção, 9,9% na indústria, 9,5% na Administração Pública e 8,9% nos serviços.
Em relação ao trimestre anterior, à semelhança dos custos salariais, registou-se um aumento maior na construção (8,5% no trimestre anterior), nos serviços (7,3%) e na Administração Pública (9,0%) e menor na indústria (10,8%).