Democratizar o ensino da programação

Até 2020, a ubbo, antiga Academia de Código_Júnior, compromete-se a ensinar três milhões de alunos a programar. No final de 2018, o projecto já tinha chegado a 60 mil alunos, estando a plataforma portuguesa já presente, também, Estados Unidos, África do Sul, Espanha, Holanda, Noruega, Cabo Verde, Colômbia e Brasil.

 

«Com a evolução tecnológica, 50% dos empregos que vão haver num futuro próximo, nós ainda não sabemos o que são, mas sabemos que vão ter por base a tecnologia», acredita João Magalhães, CEO da ubbu. A pensar nisso, há mais de quatro anos que a ubbu ensina programação a crianças do primeiro e segundo ciclo, com idades entre os seis e os 12 anos, preparando a geração futura para uma era cada vez mais digital.

Semanalmente, através de vídeos animados, jogos interactivos, quizzes e exercícios, os alunos são desafiados a utilizar as mais diversas ferramentas e aliá-las à tecnologia. As temáticas exploram sempre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas. «Temos exemplos onde as escolas optam por organizar e integrar o programa da ubbu com outras disciplinas, como português, onde professores e alunos criam histórias através de jogos de programação. Ou em Ciências Naturais, onde constroem Sistemas Solares com a ubbu», acrescenta João Magalhães.

No final de 2018, o projecto já tinha chegado a 60 mil alunos e conquistava parceiros de peso, como a Microsoft e a JP.IK. «Tivemos que recriar a marca, agora global. A ubbu é a porta de entrada para novos horizontes: uma sala de aula onde as crianças de todo o mundo aprendem programação com vista a um futuro sustentável, onde a educação tem um papel fulcral», resume.

Agora, salas de aula nos Estados Unidos, África do Sul, Espanha, Holanda, Noruega, Cabo Verde, Colômbia e Brasil já têm aulas de programação leccionadas por esta plataforma portuguesa, já disponível em versão offline, mas o objectivo é chegar a um milhão de utilizadores este ano e, em 2020, a três milhões.

«É preciso uma mudança que corresponda às transformações que se vivem, sem nunca se perder de vista a função da Educação», sublinhou João Costa, secretário de Estado da Educação, durante a iniciativa “Hello, world: como as escolas públicas podem liderar a revolução tecnológica”, que se realizou no passado mês de Março, em Lisboa. O debate entre João Magalhães e João Costa, que discutiram a pertinência do ensino da programação nas escolas públicas portuguesas, foi moderado pela jornalista Mariana Barbosa.

 

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