Desempregados inscritos nos centros de emprego sobem 4% em Janeiro (mais de 37 mil são jovens). Há uma região que se destaca

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou em Janeiro pelo sétimo mês consecutivo, subindo 4% em termos homólogos e 5,5% em cadeia, para 335.053, segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

 

De acordo com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em Janeiro estavam registadas 335.053 pessoas nos centros de emprego do continente e regiões autónomas, número que representa 69,1% de um total de 484.942 pedidos de emprego.

Este valor representa um aumento de 4% (+12.967 pessoas) relativamente a Janeiro de 2023 e de 5,5% (+19.398 pessoas) face a Dezembro.

«Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2023, na variação absoluta, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (+18.119), os detentores do ensino secundário (+15.093) e os que procuram um novo emprego (+12.907)», detalha o IEFP.

Quanto ao número de jovens desempregados (menos de 25 anos) inscritos, aumentou 5,8% (+2.047) em Janeiro face ao mesmo mês de 2023, e subiu 7,3% (+2.533) em cadeia, para um total de 37.444 pessoas, que representa 11,2% do total.

A nível regional, em Janeiro deste ano, com excepção dos Açores (-12,9%) e da Madeira (-24,3%), o desemprego aumentou em termos homólogos, com o valor mais acentuado na região do Alentejo (+10,3%).

Já em relação ao mês anterior, o IEFP nota que, «com excepção da Madeira, a tendência é também de aumento do desemprego, com a maior variação a acontecer na região de Lisboa e Vale do Tejo (+8,2%)».

Ao longo do mês em análise, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 59.218 desempregados, um número superior ao observado no mesmo mês de 2023 (+3.377, +6%) e ao mês anterior (+15.136; +34,3%).

Já as ofertas de emprego recebidas ao longo do mês de Janeiro totalizaram 10.083 em todo o país, número inferior ao do mês homólogo de 2023 (-890; -8,1%) e superior em relação ao mês anterior (+2.021; +25,1%).

Os grupos profissionais mais representativos dos desempregados registados no continente eram em Janeiro os «trabalhadores não qualificados» (32,3%), «trabalhadores dos serviços pessoais, de protecção de segurança e vendedores» (13,7%) e «trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices» (12,1%).

Relativamente ao mês homólogo de 2023 e tendo em conta os grupos profissionais com maior expressão, observa-se um acréscimo no desemprego, na maioria dos grupos profissionais, com destaque para os «trabalhadores não qualificados» (+8,7%) e para os «operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem»(+8,5%).

No que respeita à actividade económica de origem do desemprego, dos 293.452 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos serviços de emprego do continente, 73,2% tinham trabalhado em actividades do sector dos «serviços», com destaque para as «actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio» (que representam 32,7%).

Já 19,3% eram provenientes do sector «secundário», com particular relevo para a «construção» (6,1%), enquanto ao sector «agrícola» pertenciam 5% dos desempregados.

Segundo o IEFP, o desemprego apresenta, face ao mês homólogo de 2023, aumentos nos grandes setores económicos: no «agrícola» (+6,7%), no «secundário» (+5,6%) e no «terciário» (+5,7%).

Quanto às ofertas de emprego por satisfazer, no final de Janeiro de 2024, totalizavam 10.723, correspondendo a uma diminuição das ofertas em ficheiro na análise anual (-1 601; -13,0%) e um aumento face ao mês anterior +370; +3,6%).

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