Doutor Finanças: A proximidade no ADN

O foco nas pessoas é uma das principais “armas” do sucesso do Doutor Finanças. Garantir a proximidade tem sido o principal desafio. Mas um desafio que tem sido superado, e isto num ambiente de crescimento da equipa.

 

Pensar de forma estratégica o negócio é pensá-lo com e para as pessoas. «Por mais criativos que sejamos e por mais voltas que dermos no sentido de driblar o óbvio, não existe como fazê-lo de outra forma: gerir estrategicamente é gerir colocando as pessoas no centro da tomada de decisão», realça Irene Vieira Rua, directora de Recursos Humanos do Doutor Finanças. Simon Sinek dá o enfase que a responsável entende ser necessário a esta equação ao afirmar que se «100% dos clientes são pessoas e 100% dos colaboradores são pessoas, se não entende de pessoas, não entende de negócios». No Doutor Finanças é assim que se entende as pessoas: como «pilares mestres de uma casa que se quer robusta e sustentável».

Para a empresa, 2020 foi um ano de muitos desafios e muitas conquistas, que obrigou a repensar praticamente tudo e levou também a perceber que o caminho feito até então – caminho esse feito com e para as pessoas –, é o caminho que pretendem continuar a seguir. É algo natural «repensarmos a estratégia, o posicionamento e a direcção. Ajustar- -nos-emos tantas vezes quantas forem necessárias, porque persistir no erro por receio de mudar é boicotar o futuro», sublinha Irene Vieira Rua. A mudança faz parte do ADN. «Que nunca nos arrependamos de decisões que não tomámos, até porque saberemos sempre dar um passo atrás, se for caso disso, quantas vezes forem necessárias.»

Desde Março de 2020 que passaram a desenvolver o trabalho de forma integral em modelo de teletrabalho. «Nós, que até à data tínhamos integrado o teletrabalho de forma experimental, vimo-nos empurrados para um modelo de teletrabalho integral, sem praticamente nenhuma preparação prévia» e com uma grande incerteza em relação à forma como a economia se comportaria. «Seria uma cartada de génio afirmar que tudo foi ponderado com a exactidão de um relógio suíço, mas tal não corresponderia à verdade. Vimo-nos numa situação totalmente nova e, mais uma vez, a bússola que nos guiou teve como pontos cardeais aqueles que nos levaram de forma genuína pelo caminho das pessoas, das nossas pessoas», realça a directora de Recursos Humanos do Doutor Finanças. Este posicionamento levou a que se antecipassem em relação às medidas de resposta à pandemia decretadas pelo Governo, abraçando o teletrabalho com o objectivo de «proteger os nossos doutores».

Inicialmente fizeram o necessário compasso de espera e prontamente perceberam que o «caminho continuaria a ser feito na direcção das pessoas». Mas algo havia mudado e, de repente, aquela que é uma cultura alimentada pela proximidade e pelos «olhos nos olhos», assiste à debandada de cada um para sua casa. Esta movimentação levou à necessidade de se dotarem de ferramentas para uma melhor adaptação à nova realidade do teletrabalho. Isto não só do ponto de vista das ferramentas propriamente ditas, como também do ponto de vista do equilíbrio, que se veio a constatar ter tanto de crítico como de fundamental. «Adicionalmente, também tivemos necessidade de criar force tasks de apoio aos líderes de equipas, no sentido de apoiarmos a nova e difícil tarefa que é gerir pessoas à distância.»

À distância, mas mantendo a proximidade
Promover a proximidade num contexto em que a distância é imposta «foi muito provavelmente o maior desafio» com que se depararam. Não só passaram a desenvolver o trabalho a partir de casa, como o fizeram num contexto altamente atípico, o que «potenciou todo um conjunto de desequilíbrios que prontamente identificámos e procurámos minimizar». Tanto foram feitos levantamentos prévios para aferir as reais preocupações e necessidades das pessoas com o objectivo de minorar desequilíbrios, como levantamentos posteriores à decisão de desenvolver o trabalho em modelo de teletrabalho. Este conhecimento foi fundamental para serem «certeiros na hora da tomada de decisão», admite.

Paralelamente, também foram dinamizadas iniciativas “cola” promotoras de coesão, entreajuda e proximidade entre as quais: reuniões diárias de acompanhamento (individuais e de equipa), momentos lúdicos e de bem-estar (dinamização de quizzes, aulas de alongamentos…), iniciativas para dizer “presente” (envio de cartas e distribuição de cabazes de Natal porta a porta, iniciativa esta dinamizada pelos elementos da direcção) e momentos de partilha entre todos (reuniões gerais e festa de Natal). Tudo à distância, mas mantendo a proximidade que lhes é característica. A comunicação interna foi aprimorada, tanto em quantidade como em qualidade e, «se a pandemia nos trouxe coisas positivas – e esta minha teimosia de ver sempre o copo meio cheio faz-me acreditar que trouxe –, o cuidado e a atenção com que passámos a comunicar foi uma delas». A prioridade da equipa de gestão de pessoas foi – e ainda é – clara: «uidar dos nossos e equilibrar.»

«Reinvenção tem sido a palavra-chave para os momentos que temos vivido», assume Irene Vieira Rua. Apesar do abanão inicial adensado pela incerteza, no Doutor Finanças têm sabido manter a dinâmica de crescimento e, se o têm conseguido, «é muito devido às pessoas que temos connosco e à sua capacidade de superação, entrega e compromisso».

E, contrariamente ao que eventualmente se poderia imaginar, as solicitações por parte dos clientes aumentaram significativamente. O Doutor Finanças ajudou directamente cerca de 60 mil famílias durante 2020, encontrando as melhores soluções para os seus casos. Além destas famílias, têm contribuído para que as pessoas tenham maiores conhecimentos, apostando de forma irrepreensível na mobilização para a literacia financeira, com disponibilização de conteúdos e ferramentas no seu portal.

«O reconhecimento do Doutor Finanças enquanto marca na qual as pessoas confiam, aliado ao conjunto de iniciativas que temos vindo a desenvolver e que têm um impacto directo não só na fidelização como na recomendação de clientes contribui para o aumento de solicitações.» A pandemia veio ainda contribuir mais para este crescendo das solicitações dos clientes, uma vez que muitas pessoas tiveram mais necessidade e disponibilidade para repensar as suas finanças.

Em resposta ao aumento do número de solicitações «reforçámos a equipa que gere directamente o cliente», assim como as equipas de apoio ao negócio. No último semestre de 2020 foram integrados cerca de 30 novos colaboradores e, no decorrer de 2021, há o objectivo de reforçar o activo humano com mais de 50 pessoas nas áreas Comercial, Inovação, Comunicação & Marketing, Recursos Humanos e Financeira.

 

2021: O reforço da proximidade
Para 2021, do ponto de vista da Gestão de Pessoas «a prioridade continuará a ser a actuação numa base sólida de proximidade e empatia. Estou certa de que só assim conseguiremos responder cabalmente àquelas que são as necessidades, aspirações e ambições das nossas pessoas», salienta a responsável pelos Recursos Humanos. Esta proximidade tem permitido, entre outras coisas, «perceber a importância que as nossas pessoas atribuem à flexibilidade laboral e à formação contínua». Esta tomada de consciência não só foi ganha através da análise dos estudos de avaliação do clima organizacional em que participaram e que servem de precioso input, como também por iniciativas específicas da equipa de Gestão de Pessoas.

Fruto deste levantamento, e porque no Doutor Finanças as pessoas realmente importam, em 2021 serão desenvolvidas ainda mais iniciativas promotoras da flexibilidade laboral e dinamizadas acções formativas que tanto em quantidade como em abrangência «superarão tudo o que foi feito até agora».

O momento actual prevê que atribuamos ao engagement e à motivação das pessoas a importância que realmente têm. «E como ainda não existe nenhum “motivómetro” que nos consiga devolver métricas exactas relativas ao grau de motivação e engagement das nossas pessoas, não devemos abdicar de encurtar distâncias» e sentir o pulso da organização através de práticas de Gestão de Pessoas numa base sólida de proximidade e empatia. «Ao fazê-lo passaremos a ter em nossa posse aquela que é, no meu entender, a informação de gestão mais preciosa em benefício das pessoas e da empresa», sublinha.

«O sucesso e a excelência são a meta, são onde queremos chegar, mas é no caminho que devemos investir as nossas energias. Encaro o sucesso e a excelência como consequência de um conjunto de boas práticas», práticas essas que se querem pensadas em benefício das pessoas e do seu potencial. Neste conjunto de práticas ou formas de estar, «entendo como imprescindível a proximidade enquanto promotora de empatia, o respeito e enaltecimento da diferença como forma de desconstruir o óbvio e ajudar a analisar a mesma situação de diferentes perspectivas, e a genuinidade como forma de dizermos o que fazemos e fazermos o que dizemos». Tudo isto embrulhado por um conhecimento único do negócio, conduzirá de forma mais certeira ao sucesso e à excelência.

 

Este artigo foi publicado na edição de Fevereiro (nº.122) da Human Resources, nas bancas.

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