Em Janeiro (pré-guerra), previa-se criação líquida de emprego no segundo trimestre do ano de 29%. Há um sector que se destaca

O ano de 2022 arrancou com perspectivas saudáveis de criação de emprego e, na antevisão do segundo trimestre, 44% dos empregadores nacionais confirmavam essa tendência, esperando aumentar as suas contratações. Apenas 15% planeavam diminuir a sua força de trabalho e 39% projectavam manter as suas equipas como estão hoje. A conclusão é do ManpowerGroup Employment Outlook Survey.

 

A previsão do ManpowerGroup Employment Outlook Survey, traduzia assim uma projecção para a criação líquida de emprego de +29%, já ajustada sazonalmente, para o período de Abril a Junho de 2022, um valor em ligeiro abrandamento face ao primeiro trimestre, com menos oito pontos percentuais, mas em crescimento de 30 pontos percentuais face ao período homólogo de 2021.

Independentemente do sector analisado, os empregadores portugueses esperavam aumentar as suas equipas durante os próximos três meses, confirmando a tendência já observada no trimestre anterior e espelhando um forte aumento face às previsões do segundo trimestre de 2021.

As conclusões do ManpowerGroup Employment Outlook Survey para o segundo trimestre de 2022 resultam das entrevistas realizadas a 504 empregadores durante o mês de Janeiro. Nesse sentido, os resultados não reflectem ainda o impacto do conflito na Ucrânia.

De acordo com o estudo, o sector da Restauração e Hotelaria apresentava as perspectivas mais animadoras, com uma Projecção de +43%, acentuando em um ponto percentual o crescimento nas contratações já avançado no trimestre anterior. Também o Comércio Grossista e Retalhista seguia a mesma tendência, com uma subida de um ponto percentual para os +37%.

Os empregadores do sector das Tecnologias de Informação, Telecomunicações, Comunicações e Media estavam igualmente optimistas, avançando uma Projecção para a Criação Líquida de Emprego de +40%. Este sector abrandava ligeiramente o crescimento nas suas perspectivas de contratação, com uma diminuição de nove pontos percentuais face às previsões do trimestre anterior.

Já os sectores da Produção Primária e da Indústria eram os que avançavam um menor ritmo de contratação. A Projecção para a Criação Líquida de Emprego de +18% e +24%, respectivamente revelava, no entanto, um ligeiro crescimento de dois e três pontos percentuais de trimestre para trimestre. Já o sector da Banca, Finanças, Seguros e Imobiliário, com uma Projecção de +25%, caía 23 pontos percentuais na comparação com os três primeiros meses do ano.

Todas as regiões de Portugal avançavam crescimentos nas contratações para o período de Abril a Março de 2022. O Grande Porto indicava a Projecção para a Criação Líquida de Emprego mais robusta, de +43%, 11 pontos percentuais acima das projecções do primeiro trimestre de 2022. Também na Região Centro as perspectivas eram positivas, situando-se nos +37%, traduzindo uma subida moderada, de seis pontos percentuais, face às previsões para o início do ano. A mesma tendência era seguida igualmente pela Região Sul, com um crescimento de sete pontos percentuais, para 26%, e pela Grande Lisboa, com uma Projecção de +29%.

A região com as perspectivas menos optimistas para este trimestre, apesar de favoráveis, era a região Norte, com uma projecção de +19%, traduzindo uma diminuição de 22 pontos percentuais, quando comparada com as previsões para os primeiros três meses de 2022.As empresas de todas as dimensões esperavam ampliar a sua força de trabalho no próximo trimestre. Não obstante, eram as Pequenas e Grandes Empresas que anunciavam um ritmo de contratação mais próspero, com uma projecção para a criação líquida de emprego +33% e +31%, respectivamente.As Microempresas e as Médias Empresas também previam reforçar as contratações, ao avançarem com uma projecção de +19% e +26%, respectivamente.  Globalmente, observavam-se perspectivas de contratação optimistas, com 39 do total de 40 países e territórios analisados no estudo a anunciarem planos de contratação reforçados para o período entre Abril e Junho, muito embora em abrandamento de ritmo face ao primeiro trimestre do ano.

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