Está a preparar a reforma? Estes são os 10 erros que deve evitar

O aumento da esperança média de vida e a previsível redução do valor das pensões tornam imperativo preparar a reforma o quanto antes. Neste contexto, o Doutor Finanças, especialistas em finanças pessoais, partilha os 10 erros que deve evitar quando planeia a nossa reforma.

Tome nota:

Um dos erros mais comuns é subestimar o impacto da inflação. Se for considerada uma taxa de inflação média de 3%, ao longo de 25 anos, o poder de compra do consumidor reduz-se para metade. Significa que quem não tiver uma estratégia de investimento, para ver o seu dinheiro aumentar, vai efectivamente ficar mais pobre.

A esperança média de vida, que tem aumentado em cerca de um ano por década, é outro factor desvalorizado, mas que deve ser considerado no planeamento, no que diz respeito aos anos que o indivíduo ainda vai viver na condição de reformado. Pensar no dinheiro que precisamos para viver quando deixarmos de ter um rendimento de trabalho é outro aspecto que não devemos descurar.

Manter uma postura demasiado conservadora nos investimentos é outra falha comum. É importante desenhar uma estratégia de investimento a longo prazo e manter um equilíbrio entre produtos sem risco e produtos com risco, que implicam maior potencial de retorno. No entanto, é também de evitar uma estratégia demasiado agressiva, uma vez que os activos com maiores perspectivas de crescimento também estão associados a uma maior volatilidade que pode ter como consequência perdas e necessidade de recuperação. Adicionalmente, deve-se evitar ser demasiado optimista e sobrestimar o retorno dos investimentos, ainda que os mercados apresentem historicamente retornos positivos.

Ser realista também é essencial para evitar três dos outros erros mais comuns: subavaliar os custos relativos a despesas de saúde, não considerando uma evolução das necessidades de saúde com o aumento da idade; depositar demasiada confiança nos apoios públicos, uma vez que está fora do controlo de cada um o que irá receber quando atingir a reforma; e subestimar o custo de vida durante a reforma, pois a inflação irá aumentar os preços e as despesas.

Um erro muito comum, e talvez o que tem maior impacto a longo prazo, é começar a poupar demasiado tarde. A reforma é um cenário distante, mas antecipá-la permite criar oportunidades. Por fim, um erro a evitar a todo o custo é o endividamento muito próximo da reforma. É essencial reduzir os encargos fixos com a aproximação desta fase da vida.

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