Está doente? Não vá à empresa.

Deixamos-lhe 7 razões por que não deve ir trabalhar. Não sinta que está a “abusar” do sistema, está apenas a beneficiar de um direito de forma responsável.

 

Já alguma vez sentiu que tem demasiado trabalho para estar doente? Já se sentiu culpado por estar doente e foi ao escritório na mesma porque tem demasiadas pessoas a dependerem de si: colegas, chefia e clientes? Mas espere… está doente de propósito? Não. Então, por que nos sentimos culpados?

Uma pesquisa recente da Glassdoor sugere que os trabalhadores britânicos estão a tirar dias por estarem doentes; mais de metade dos funcionários meteu dias de baixa em 2015. No entanto, o estudo indica que um em cada quatro trabalhadores “teme” tirar dias de folga, e mais de um quarto dos inquiridos citam a pressão da administração para não tirar tempo para a doença. 44% assumem que tiram dias, mas voltam ao trabalho antes de estarem totalmente recuperados. O que isso diz sobre a nossa actual ética de trabalho?

Pode pensar que está bem o suficiente para conduzir até ao trabalho e para sentar-se no escritório o dia todo. Talvez. O presenteísmo, como é conhecido, tem sido um problema crescente no local de trabalho. Então, por que lutar contra o nosso corpo e força-lo a trabalhar? O mesmo estudo apontou algumas razões, tais como: problemas financeiros, stresse relacionado com o trabalho, medo de ser demitido e pressão por parte dos gestores.

 

Bem, deixamos-lhe 7 razões por que deve faltar ao trabalho quando tem uma doença e até como o facto de ir trabalhar quando está doente afecta a empresa.

1.Vai infectar outras pessoas

Os seus colegas vão evitá-lo, por estar doente. Então vai ao escritório, estando doente, e ninguém interage consigo? Volte para a cama. Além disso, se alguém ficar doente nos próximos dias, vai ser responsabilizado. Certamente o seu chefe prefere que esteja fora por alguns dias, do que a equipe inteira fora.

 

2. A sua doença vai afectar o moral no escritório

Mesmo que não seja a vida e alma do escritório, as suas vibrações negativas colocam a sua equipa em baixo e, por extensão, a maioria dos colaboradores. Valerá assim a pena entrar no escritório?

 

3. Será que vai realmente trabalhar?

Se precisa de trabalhar, precisa mesmo de fazê-lo no escritório? O trabalho não pode esperar? Vamos supor que tem um deadline, e que o cliente/ colega não vai entender que precisa de tempo fora, pare. Fale com as pessoas, partilhe que está mal, e aconselhe-se com os outros em conformidade. Mesmo que se arraste para o trabalho, o seu trabalho não terá a qualidade anterior e será um desperdício de energia.

 

4. Oiça o seu corpo

Se ficou doente, talvez seja o seu corpo a tentar dizer-lhe alguma coisa. Tem trabalhado longas horas? Tem dormido o suficiente? Tem-se alimentado bem? Não subestime a inteligência da nossa biologia; às vezes os nossos corpos atingem o ponto de ruptura. Quando isso acontece, temos de saber ouvi-lo e aceitar que é hora de um descanso.

 

5. Pode estar a dificultar a sua recuperação

Forçá-lo a ir para o escritório vai tirá-lo de um estado de repouso – crucial para a sua recuperação – e colocá-lo num ambiente onde é esperado que trabalhe como se estivesse completamente saudável. Isto pode, inclusivamente pirá-lo porque está muito mais exposto a infecções. Certamente, ficar em casa e manter contacto com os e-mails importantes colocá-lo-á num patamar melhor. Acelerando a sua recuperação para que possa voltar a 100%, em vez de uma semana inteira de execução em 50%, 60%, 70%.

 

6. Está a dar um mau exemplo

Pode pensar que o facto de ir ao escritório fá-lo parecer duro, resistente e comprometido com seu trabalho, mas isso não acontece. Está a estabelecer um precedente para com os seus colegas/ colaboradores, e para não mencionar a si mesmo. Quer incentivar nos outros que o trabalho é tudo o que existe? A saúde é o mais importante.

 

7. É mais propenso a faltar por doença

Se nunca fica em casa quando está doente, quando o fizer vai ser visto como suspeito. O LinkedIn sugere que 9% dos funcionários iria faltar uma vez por ano por doença, mas o mais preocupante é o facto de que metade desses funcionários iria fazê-lo simplesmente porque precisa de um descanso.

 

Por Lizzi Hart, licenciado em Linguística pela Universidade de Sussex.

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